Vai fazer um cruzeiro? Cuidado com os gastos além do pacote

Turista precisa preparar o bolso não apenas para a compra da viagem, mas para as despesas que ocorrem no decorrer dela

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SÃO PAULO – Os cruzeiros caíram no gosto dos brasileiros, a partir do momento em que o mercado passou a oferecer preços e condições de pagamento acessíveis. Mas quem vai embarcar neste tipo de viagem deve preparar o bolso, uma vez que os gastos não estão restritos ao pacote.

Um deles diz respeito às bebidas, cobradas de quem não optou pela modalidade “all inclusive”, em que tudo está incluído. “Os restaurantes são abertos, mas sempre existe aquilo que não está no pacote e que a pessoa pode querer”, afirmou o consultor e professor PhD da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), Marcos Crivelaro.

Isso sem contar que esses gastos adicionais serão cobrados em dólares, uma vez que esta é a moeda de troca nos cruzeiros, o que torna o planejamento financeiro para a viagem ainda mais necessário. Para se proteger do câmbio, o indicado é comprar a moeda estrangeira antes de embarcar aos poucos ou usar o VTM (Visa Travel Money), que possibilita que o turista vá comprando moedas e acumulando em um cartão, que pode ser usado na forma débito ou para fazer saques.

Por conta destes e de outros gastos, Crivelaro indica que uma família com quatro pessoas leve em um cruzeiro doméstico entre R$ 100 a R$ 200 diários para serem gastos, enquanto que na viagem internacional ele eleva sua projeção para R$ 500.

Outros gastos
Em uma viagem, alguns turistas não resistem às compras em lojas, principalmente aquelas que oferecem produtos importados. Nos cruzeiros, não poderia ser diferente e, de acordo com Crivelaro, o consumidor deve aproveitar, uma vez que os preços são mais em conta do que se o produto for comprado no Brasil. “A maioria deles vale a pena comprar, por causa do preço internacional”.

Ainda existem os gastos com lazer, como cassino e passeios que serão feitos quando o navio atracar. Neste último caso, o turista pode optar por contratar pacotes do próprio navio ou aqueles oferecidos no destino. “Tem serviço em terra que normalmente é mais barato, mas que não tem garantia de tempo (de ida e volta) e de qualidade”, explicou Crivelaro, para quem essa opção só é válida se for indicada por um conhecido.

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Para se ter uma ideia dos gastos em terra firme, dados da Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) revelaram que, no Carnaval 2010, o gasto médio do turista que atracou em Salvador foi de R$ 200, o que daria um aporte diário de R$ 3,8 milhões. Juntando a cidade baiana a Búzios, Ilhabela e Rio de Janeiro, outros destinos famosos, o total de gastos na Festa do Momo foi de R$ 12 milhões.

“Os cruzeiros de cabotagem contribuem significativamente para a circulação de riquezas nas cidades visitadas”, afirmou o presidente da Abremar, Ricardo Amaral.