Umidificadores ajudam a melhorar a qualidade do ar: como escolher o melhor modelo?

Especialistas alertam que uso excessivo e incorreto de umidificadores pode trazer malefícios

Gilmara Santos

Céu de São Paulo nesta terça-feira (10) (Mauro Garcia/InfoMoney)
Céu de São Paulo nesta terça-feira (10) (Mauro Garcia/InfoMoney)

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Pelo terceiro dia seguido, São Paulo apareceu no ranking das cidades com a pior qualidade de ar do mundo no início da manhã desta quarta-feira (11), conforme lista do IQAir, site suíço que realiza o monitoramento em 120 grandes cidades do mundo. Diante de tanta poluição, paulistanos estão buscando alternativas para tentar melhorar a qualidade do ar e os umidificadores aparecem como opção assim como toalhas molhadas e baldes com água.

“A escolha do umidificador é muito pessoal, pois existem diversos tipos – a vapor, ultrassônico – e cada um com suas características específicas. Alguns mais econômicos, outros mais modernos. Independentemente do modelo, eles são estratégias importantes durante o tempo seco, pois podem prevenir diversos sintomas como tosse, irritação ocular, crises de alergia”, afirma Ingrid Danielle Cardoso Carvalho, pneumologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo.

Ela alerta, no entanto, que apesar de serem grandes aliados no clima seco, o uso excessivo e incorreto de umidificadores pode trazer malefícios, como o surgimento de mofo.

Para evitar isso, é importante sempre limpar os filtros do umidificador, trocar a água sempre que usar para evitar proliferação de bactérias e evitar muitas horas de uso pois muita humildade favorece o crescimento de germes. “O ideal é ligar 3 horas antes de dormir e depois desligar, não deixar a noite toda”, aconselha.

O clínico geral Walter Nobrega, que atende na rede Segmedic, do Rio de Janeiro, afirma que o umidificador precisa ser escolhido de acordo com o tamanho da sala ou quarto. “Até 25 metros quadrados pode ser um pequeno, até 50 um médio e maior do que isso precisa ser um grande. A potência geralmente varia de 15 a 30W”, ensina.

Maria Fernanda Malaman, professora titular do curso de medicina da UNIT (Universidade Tiradentes), afirma que dois pontos merecem atenção na hora da compra do umidificador de ar: potência e capacidade de manter a umidade do ambiente.

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“Outro aspecto importante é a capacidade de limpeza. Em muitos aparelhos, o reservatório de água não pode ser alcançado, dificultando a higienização”, diz.

Ela comenta que, além da tecnologia envolvida no sistema de dispersão do aparelho, diversas outras funcionalidades podem fazer a diferença na hora de comprar um umidificador de ar. “Um exemplo disso é o higrômetro, mecanismo que faz o desligamento automático do equipamento quando a umidade do ar chega em 60%, nível ideal para o nosso organismo”, afirma ao lembrar que essa tecnologia impede que o ambiente fique úmido demais, aumentando a chance de proliferação de fungos e ácaros.

O umidificador de ar é indicado para ser usado em ambientes secos ou com uso frequente de ar-condicionado. Algumas outras situações em que é recomendado o uso do umidificador de ar são:

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Alternativas

Se a grana está curta para comprar um umidificador de ar ou se você não gosta deste equipamento, os especialistas afirmam que toalhas molhadas e baldes de água podem ajudar a umidificar o ar, mas não são tão eficazes quanto um umidificador eletrônico.

Para umidificar o ar com uma toalha molhada, pode colocá-la em uma cadeira, na cabeceira ou nos pés da cama. “A toalha deve ser mantida aberta para evitar mau cheiro e a proliferação de fungos e bactérias. Para umidificar o ar com um balde de água, pode enchê-lo até a metade e deixá-lo no ambiente”, explica Maria Fernanda.

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Ela cita algumas outras formas de umidificar o ar:

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC