Como comprar dólar mais barato para viajar

Além de economizar nas passagens e hospedagens, garantir uma boa cotação do câmbio evita dores de cabeça e otimiza o orçamento

Allan Gavioli

SÃO PAULO – Ao planejar uma viagem dos sonhos, uma das grandes preocupações do turista é a compra de moeda estrangeira. Garantir uma boa cotação pode gerar economias significativas, disponibilizando mais dinheiro para gastar com produtos e experiências.

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Para se ter uma ideia, o dólar turismo em São Paulo no dia 18 de dezembro de 2019 tinha preços entre R$ 4,23 e R$ 4,48. Comprando US$ 2 mil, o turista que fizer a pesquisa corretamente pode economizar R$ 500 considerando apenas a cotação – sem contar as demais taxas cobradas pelas corretoras.

O InfoMoney conversou com Ricardo Santos, especialista de câmbio do Itaú, e separou as melhores dicas para que você consiga fazer seu dinheiro render o máximo possível ao fazer uma negociação de câmbio e compras no exterior. Confira:

1. A compra deve ser planejada e feita de forma fracionada

Ninguém viaja sem pesquisar o minimo sobre o local de destino, por exemplo. Por que com a compra de dólar seria diferente? O planejamento e o estudo do mercado de câmbio é fundamental para ter um sucesso e garantir um bom negócio .

“Considerar a variação da moeda é fundamental. E um acompanhamento diário é muito importante. É do senso comum que o dólar sobe e desce. Eu ando pelos corredores e as pessoas do banco sempre me perguntam se sobe ou desce, mas eu não tenho uma bola de cristal. É praticamente impossível ter uma previsibilidade com exatidão”, afirma Santos.

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Justamente por isso, de acordo com o especialista, é preferível que a compra do dólar ocorra de forma parcelada, comprando um pouco da moeda de cada vez, assim, você fica menos refém da volatilidade do cambio e dificilmente vai acabar fazendo um péssimo negócio.

A compra fracionada permite que o cliente aproveite os momentos de baixa da moeda americana e evita a compra em grande quantidade durante um momento de valor elevado.

“É preciso trabalhar sempre com um preço médio. Uma média que você tira no final, avaliando todos os preços que você pagou. A cotação é um sobe desce mesmo, mas o preço médio te auxilia bastante no fim das contas. Não fique refém das variações e muito menos faça apostas.”, conclui o especialista.

O preço médio que o analista se refere é uma conta de média simples onde você tira uma cotação media de quanto pagou no dólar, analisando e traçando um denominador comum para as diferentes cotações da moeda ao longo do tempo.

2. Tenha um “mix” de opções de pagamento

Dinheiro em especie, cartão pré-pago, cartão de debito ou de crédito? Antes de decidir qual dos métodos será o escolhido, é necessário entender a diferença entre os impostos e taxas de cada opção. Há uma diferença nas alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O imposto para aquisição de moeda em espécie é de 1,1%, enquanto a carga no cartão pré-pago e as compras no cartão de crédito estão sujeitas a IOF de 6,38%.

“O dinheiro em especie sempre é vantajoso [financeiramente] e o imposto mais baixo faz os olhos dos brasileiros brilharem, mas há outras variáveis a se considerar”, diz o especialista. “O conforto e a segurança ao andar com grandes quantidades de dinheiro em mãos, a falta de praticidade e até mesmo o controle de quanto levar ao sair são situações de estresse que seriam evitadas com um cartão pré-pago, por exemplo”, explica Santos.

Ricardo recomenda que o cliente deve pondere os benefícios das outras formas de pagamento. Alguns bancos e operadoras de cartão oferecem diversas vantagens quando o cliente faz compras internacionais no débito ou no crédito. O sistema de milhas é um exemplo.

3. Ao usar o cartão de crédito, atente-se ao pagamento da fatura e esteja preparado para imprevistos

O especialista ainda pede atenção do consumidor quando comprar com o cartão de crédito. Se o cliente fizer uma compra no dia em que o dólar está cotado a R$ 3,90, não significa que este será o valor da moeda que determinará o total da fatura. A conta ainda é feita tendo como base a data do fechamento do boleto, caso o câmbio dispare, o consumidor pagará mais caro pelo produto.

Só a partir de março de 2020 que os bancos serão obrigados a converter as transações para reais com o câmbio do dia em que foram feitas, de acordo com a medida divulgada pelo Banco Central em novembro de 2018.

4. Tenha apenas uma preocupação: curtir a viagem

Ricardo recomenda ao cliente final que ele faça as escolhas que mais se adequem ao seu perfil. O ideal é que o consumidor tenha a maior comodidade e segurança para comprar moeda estrangeira, o que facilita o planejamento para conhecer o pais.

“Nunca fique refém do câmbio ou das taxas. Não fazer apostas e adequar as escolhas ao seu perfil é fundamental. Tenha como experiencia maior a viagem em si e evite estresse desnecessário”, completa.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.