Sob novo marco legal, Brasil vê disparada de painéis solares que já acumulam 10 GW de capacidade

Geração distribuída é dividida entre as classes de consumo residencial (43,6%), comercial (33,2%), rural (13,9%) e industrial (7,9%)

Estadão Conteúdo

Painéis solares (Reprodução Reset)

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A geração própria de energia ou geração solar distribuída atingiu a marca de 10 gigawatts no Brasil, um reflexo da expansão acelerada da tecnologia, segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O novo patamar foi atingido nesta terça-feira (29) e demorou 67 dias.

“O intervalo foi maior que o percorrido para alcançar o gigawatt anterior (9GW). Levando em conta que o primeiro trimestre sempre é impactado por feriados e funciona como um período de tomada de decisão para novos projetos, reafirmamos que 2022 será um ano de aceleração sem precedentes do crescimento da geração distribuída”, afirma Guilherme Chrispim, presidente da ABGD.

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Segundo ele, neste ritmo, o país deverá ultrapassar a marca de 15 GW ao fim de 2022. “O setor está no ano da corrida ao sol. Com o novo marco legal, há uma antecipação de projetos para garantir um melhor resultado do investimento na geração própria de energia até 2045, já que a lei prevê esse benefício para quem ingressar no sistema de compensação até 6 de janeiro de 2023″, acrescentou.

Os sistemas implementados após 6 de janeiro passarão a pagar um porcentual da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tuds), de acordo com a Lei 14.300/2022. De toda forma, como observa Chrispim, “mesmo após esse período, a geração própria de energia continuará sendo atrativa”.

Com mais de 1,17 milhão de conexões totais, a geração distribuída nacional está dividida entre as classes de consumo residencial (43,6%), comercial (33,2%), rural (13,9%) e industrial (7,9%).

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Entre as fontes dos sistemas de mini e microgeração de eletricidade, a energia solar é a mais presente no país, representando 97,7% do total; seguida por termoelétrica (1,2%), Central Geradora Hidrelétrica – CGH (0,87%) e eólica (0,18%).

“Acrescentar cerca de 8 GW em apenas um ano significa entregar o equivalente a meia Itaipu”, comparou Chrispim, explicando que os sistemas vão desde usinas de 5 megawatts até cidadãos que financiam um pequeno conjunto de placas fotovoltaicas para instalação residencial.

A marca de 9 GW havia sido atingida no dia 21 de janeiro deste ano, enquanto os 8 GW levaram 91 dias para serem alcançados, informou a entidade.

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