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Seguro é ‘antídoto’ para tempos incertos? Entenda o que diz a neurociência

Neurocientista com mais de 30 anos de experiência, Carla Tieppo conta sobre sua chegada como consultora do Grupo MAG e avalia como setor pode aproximar ciência, negócios e pessoas

Jamille Niero

Helder Molina, CEO, e Carla Tieppo, conselheira consultiva, ambos do Grupo MAG (Divulgação/MAG)
Helder Molina, CEO, e Carla Tieppo, conselheira consultiva, ambos do Grupo MAG (Divulgação/MAG)

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Tomar decisões — sejam elas pessoais, profissionais ou financeiras — é um processo que vai além da lógica. Emoções, experiências e percepções moldam comportamentos e escolhas.

É nesse campo que a neurociência ganha espaço no mundo corporativo — e agora também no mercado de seguros, com a chegada de Carla Tieppo ao conselho consultivo do Grupo MAG, especializado em vida e previdência.

A neurocientista, multi-empresária e pioneira na aplicação da ciência do cérebro ao desenvolvimento humano e organizacional, acredita que compreender o funcionamento emocional das pessoas é essencial para qualquer companhia que lide com riscos, confiança e relacionamentos — pilares do setor segurador.

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“O campo onde a neurociência realmente revolucionou o conhecimento sobre o ser humano é o papel das questões emocionais dentro do processo racional de tomada de decisão e quanto isso impacta no comportamento”, explica Carla em conversa com o InfoMoney.

Com mais de 30 anos de carreira entre a academia e o mercado, Carla acredita que a neurociência pode humanizar o ambiente corporativo e fortalecer a conexão entre propósito, ciência e inovação.

“Vivemos um tempo ansioso, e o seguro é, de certa forma, um antídoto — ele devolve bem-estar e reduz a incerteza. Quando você compra um carro, se tem um seguro, não fica preocupado o tempo todo se vão roubar. Se tem um seguro de invalidez temporária, pode ir esquiar sem preocupação em se machucar.”

Segundo ela, levar essa compreensão para dentro de uma companhia centenária é uma oportunidade de mostrar como as emoções podem ser grandes aliadas da inovação.

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Inovar sem perder a confiança

Para Carla, um dos maiores desafios da companhia, que completou 190 anos de atuação no país em 2025, é inovar sem abrir mão da confiança — atributo essencial em seguros e previdência.

“O que esperamos de empresas desse ramo é estabilidade e consistência. Mas se a companhia não inova e não atende às novas dores do consumidor ele pode confiar, mas não se relacionar”, observa.

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Nesse equilíbrio entre segurança e inovação, a neurociência se torna aliada para entender como os consumidores escolhem e por que se conectam com marcas. É uma habilidade que, segundo ela, também se aplica à gestão de pessoas e à fidelização de corretores, principal canal de distribuição de seguros no país.

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O fator emocional nas decisões

Carla desmonta o mito da racionalidade pura: toda decisão é emocionalmente influenciada.

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Ela aponta que não adianta alimentar o indivíduo só com um sonho futuro, é preciso proporcionar uma “degustação” desse sonho para que ele sinta que a possibilidade é real.

A executiva explica que estimular comportamentos de longo prazo — como contratar um seguro ou investir em previdência — exige gerar experiências emocionais imediatas, que tragam significado no presente.

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Neurociência aplicada a pessoas e gerações

Outro foco da atuação de Carla será compreender e atender diferentes gerações — da Geração Z aos mais velhos — tanto dentro quanto fora da empresa. Cada público, diz ela, possui intencionalidades distintas, que influenciam escolhas e relacionamentos.

“A geração mais jovem busca pertencimento e propósito. Já a geração X, que pagou e não recebeu aposentadoria, por exemplo, quer recuperar o tempo perdido e sentir que ainda pode construir um futuro seguro”, explica.

Esses insights ajudam a aprimorar produtos, comunicação e atração de talentos — conectando ciência e comportamento às estratégias de negócios.

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Inovação com base científica

Segundo o Grupo MAG, a executiva chega com a missão de transformar conceitos neurocientíficos em conhecimento, experiências e iniciativas mais inovadoras para colaboradores, corretores, clientes e parceiros da empresa.

“Estamos muito felizes com a chegada da Carla. O Grupo MAG é o primeiro a trazer uma neurocientista para o conselho consultivo de sua companhia. Esse é um movimento inédito no mercado”, comenta Helder Molina, CEO e chairman do Grupo MAG.

Ele aponta que a neurociência é essencial para o futuro das organizações.

“Esse movimento marca uma ruptura e evolução em como a MAG conduz seus negócios, além de reforçar nossa tradição centenária e constante coragem de inovar, sempre acreditando que ciência, negócios e pessoas precisam caminhar juntos”, complementa Molina.

Tem alguma dúvida sobre o tema? Envie para leitor.seguros@infomoney.com.br que buscamos um especialista para responder para você!

Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa