A busca por seguro de vida tem aumentado nos últimos anos no Brasil. Dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) mostram que a arrecadação saiu de R$ 12,8 bilhões, no 1º semestre de 2022, para cerca de R$ 14,2 bilhões neste ano.
As coberturas adicionais para doenças graves aparecem como um benefício que não compromete o valor total da apólice e pode representar um alívio financeiro para quem tem um diagnóstico de enfermidades neste grupo.
Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), os prêmios emitidos (pagamentos feitos pelos clientes às seguradoras para custear o seguro) para doença graves/terminal no mercado de seguros em geral cresceram 25,97% de 2021 para 2022.
Entre as doenças graves que podem ter cobertura está o câncer de mama, que, no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste.
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2022, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 66,54 casos para cada 100 mil mulheres.. O câncer de mama é a primeira causa de morte pela doença na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar.
O diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas e, por isso, foi lançado o movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, Outubro Rosa. Criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). De lá para cá, a campanha é promovida anualmente.
Além de o diagnóstico ter impacto na vida da paciente, o tratamento ainda pode ser agressivo, caro e o afastamento do trabalho pode levar meses de duração.
É neste contexto que a cobertura para doenças graves aparece como uma importante aliada. “A cobertura de doenças graves, como o diagnóstico de câncer, prevê pagamento de cobertura para o cliente usar como quiser: no tratamento ou manutenção por afastamento do trabalho, para que a pessoa possa ficar focada na cura”, comenta Alessandro Malavazi, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência.
Nancy Rodrigues, diretora de seguro de pessoas da Tokio Marine, explica que o Tokio Marine Vida Individual Mulher contempla coberturas exclusivas para o público feminino, como diagnóstico de câncer de mama, útero, ovário e trompas, entre outras coberturas e serviços.
“É importante que a população se conscientize de que o seguro de vida é essencial para garantir tranquilidade e amparo nos momentos difíceis, mas também pode ser utilizado em vida pois proporciona acesso a uma série de benefícios que podem contribuir com uma melhor qualidade de vida, mais proteção para a segurada, além de ser uma ferramenta de recuperação financeira no núcleo familiar”, enfatiza Nancy.
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Custo
O valor para adicionar cobertura de doenças graves na apólice do seguro de vida depende das condições de saúde da contratante e a idade, mas, segundo Malavazi, existem coberturas que partem de até R$ 10 por mês.
Indenização
O pagamento da indenização é feito em uma parcela única. Depois de realizado o pagamento da indenização por doenças graves, a cobertura é cancelada da apólice do segurado, sendo que as outras coberturas permanecem ativas enquanto ele estiver pagando pelo seguro.
Valor
O valor que o segurado vai receber depende do montante que foi contratado. De acordo com a seguradora Prudential do Brasil, que acaba de lançar um seguro de vida resgatável, o Prudential Vida e Saúde, é possível utilizar até 50% do capital segurado total contratado para morte em uma indenização em vida após a quitação da apólice, sendo que o valor máximo da cobertura pode ser de até R$ 5 milhões.
Idade
Cada seguradora tem a sua linha de corte para o início das coberturas para doenças graves. De modo geral, o limite de idade para a contratação varia entre 65 e 70 anos.
Carência
A carência para essa cobertura costuma girar em torno de 180 dias. “É um mecanismo de defesa contra fraude e para o bem-estar do sistema”, diz Malavazi.
