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Problemas com planos de saúde lideram ranking de reclamações do Idec

Queixas a respeito de contratos, falta de informação e sobre reajustes sobressaem

Gilmara Santos

Ilustração

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Problemas relacionados a planos de saúde lideraram ranking de reclamações e atendimentos do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em 2022. De acordo com levantamento divulgado pelo instituto, as queixas contra as empresas de planos de saúde tiveram a maior porcentagem de reclamações desde 2018, com 27,9% do total.

O principal tema abordado pelos associados do Idec sobre planos de saúde são dúvidas e reclamações a respeito de contratos (27,4%), seguido por falta de informação (18,1%) e reajustes (13,7%).

No segundo lugar do ranking, a categoria de Serviços Financeiros foi responsável por 21,2% dos registros. Dentro desse segmento, o maior número de reclamações se deve a problemas relacionados à segurança das transações bancárias e golpes (20,1%), com reclamações sobre cláusulas contratuais (11,4%) em segundo lugar, e falta de informação (11,1%) em terceiro.

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Na terceira colocação ficaram as dúvidas e queixas relacionadas a problemas com produtos em geral. As reclamações mais apontadas foram vício de qualidade (32,5%), seguido de descumprimento de oferta (26%), e em terceiro problemas com cláusulas contratuais (11%).

Em Demais Serviços, com 10% dos atendimentos, temos um cenário mais disputado entre as reclamações, com vício de qualidade em primeiro (19,3%), seguido por cobrança indevida (15,7%) e cláusulas contratuais (13,6%).

Também na mesma posição do ano passado ficaram as dúvidas e queixas sobre o setor de telecomunicações, com 9,4%. Dentro deste segmento, em primeiro lugar apareceu problemas de cobrança indevida (34,8%), com vício de qualidade (17,4%) e prática abusiva (12,9%) figurando com relevância.

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Outro lado

Procurada, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que compreende que casos pontuais podem não alcançar o nível de excelência esperado pelos beneficiários de planos de saúde, porém entende que essa não é a regra do setor.

“Por reiteradas vezes, as pesquisas de opinião realizadas por órgãos competentes, como o Datafolha, o Ibope ou ainda o IBGE, apontam que os serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde são sempre muito bem avaliados por seus beneficiários, com índices que superam 80% de avaliações positivas”, diz a entidade por meio de nota.

Considera ainda que é “importante informar que em levantamento feito pelo Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), órgão ligado ao Ministério da Justiça que consolida registros de mais de 700 Procons de todo o Brasil, em 2022, os planos de saúde foram apontados como o 14° setor de consumo mais reclamado, com 1,49% dos registros. No mesmo período (2022), estima-se que as operadoras de planos de saúde produziram mais de 1,5 bilhão de atendimentos assistenciais no cuidado à saúde de seus beneficiários”.

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Por fim, a Abramge recomenda que beneficiários de plano de saúde que precisam de orientação, tirar dúvidas ou até mesmo fazer uma reclamação procurem diretamente a operadora contratada.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC.