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Previdência privada cresce 33,1%; conheça as modalidades

Dos 13,8 milhões de planos comercializados no país até janeiro, 61% foram do tipo VGBL

Gilmara Santos

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A captação líquida dos planos de previdência privada, em janeiro deste ano (dado mais atual), cresceu 33,1% em relação ao mesmo mês de 2022, totalizando R$ 1,7 bilhão, apontam dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

De acordo com a entidade, o resultado foi impactado pelo aumento de 20% na captação bruta, quando comparada a janeiro do ano passado, totalizando R$ 13,9 bilhões. Desse montante, 91% foram realizadas em planos individuais, 8% em planos coletivos e 2% em planos para menores de idade.

Os resgates, por sua vez, cresceram 18,4%, na mesma base de comparação, totalizando R$ 12,3 bilhões no mês. O total de ativos do setor ultrapassa R$ 1,2 trilhão, correspondendo a, aproximadamente, 12,5% do PIB nacional e registrando alta de 13,2% em relação ao valor de janeiro de 2022.

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Segundo a FenaPrevi, dos 13,8 milhões de planos comercializados no país até janeiro:

Comparação internacional

Levantamento divulgado recentemente pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) permite comparar o nível de reservas previdenciárias em relação ao PIB de 71 países — os dados são de 2021. O Brasil ocupa a 26ª posição no ranking, atrás de Nova Zelândia, Jamaica, Croácia, Singapura, Estados Unidos e Dinamarca, que liderou o estudo. Ao mesmo tempo, o país estava à frente do Paquistão, último colocado, Portugal, Espanha, China, Angola e Malásia.

Para a América Latina, o estudo abarca dez países, entre os quais o Brasil ocupa a sexta posição. O Chile figura na primeira colocação na região, e outros como Colômbia e Uruguai possuem um maior volume de ativos previdenciários em relação ao PIB do que o Brasil. O Panamá é o último colocado na região.

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Veja também episódio do “Tá Seguro”:

O que é a previdência privada?

A Previdência Privada é uma forma de investimento em que é possível contribuir com uma quantia em dinheiro por um determinado período, e esse valor é rentabilizado de acordo com o plano escolhido. Os pagamentos podem ser mensais ou de uma só vez. Também é possível fazer a portabilidade do plano entre as instituições. Importante lembrar que quanto mais você investir durante um tempo maior, mais seu patrimônio cresce, conforme destaca a XPI Investimentos em seu site.

Como funciona a previdência privada?

Existem duas modalidades dentro da previdência: o PGBL e o VGBL. Veja a seguir para quem cada uma delas é indicada:

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O PGBL é aconselhável para as pessoas que fazem a declaração completa de Imposto de Renda e estão vinculadas ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Com contribuições dedutíveis da base de cálculo de Imposto de Renda, até 12% de renda bruta anual, e com o cálculo de IR incidindo sobre o total resgatado ou sobre a renda recebida.

Já o VGBL é indicado para quem faz declaração simplificada de Imposto de Renda ou que deseja investir mais que 12% de sua renda bruta anual tributável, sem contribuições dedutíveis da base de cálculo de IR com o cálculo incidindo apenas sobre o rendimento, quando ocorre o resgate ou o recebimento da renda.

Tributação

No momento da contratação do plano, é possível optar entre dois diferentes tipos de regime tributário, o progressivo ou o regressivo. No regime progressivo, a alíquota na fonte é de 15% no resgate, com ajuste posterior na declaração anual de IR. É recomendada para quem não tem a opção de ficar um longo período (maior que 6 anos) sem fazer um resgate, de acordo com a XP Investimentos.

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Já no regime regressivo, as alíquotas de IR diminuem com o tempo, começando em 35% até chegar a 10% para prazos acima de 10 anos. É recomendada para quem consegue manter os recursos no longo prazo.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC.