Por acaso, sua senha é “senha”?

Só no ano passado, as perdas globais causadas por ataques cibernéticos ficaram em torno de US$ 6 trilhões, segundo a UIT

Mariana Amaro

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O que você faria se não conseguisse acessar suas contas bancárias, seu email ou redes sociais e seu celular simplesmente parasse de funcionar? É isso o que pode acontecer em um ataque cibernético.

Só no ano passado, as perdas globais causadas por ataques cibernéticos ficaram em torno de US$ 6 trilhões, segundo a União Internacional das Telecomunicações e muitas empresas sofreram (e ainda sofrem) com isso.

Uma das mais recentes vítimas de ataques do tipo foi a Localiza, que confirmou um incidente de segurança cibernética. Em comunicado, a empresa afirmou que alguns dos sistemas da empresa e de suas subsidiárias sofreram interrupção, mas que não há evidência de acesso à base de dados ou vazamento de informações pessoais.

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No mês passado, o alvo foi o sistema do Ministério da Saúde e do Conect Sus, que, até hoje, não conseguiu reestabelecer totalmente a atualização sobre casos de Covid-19 e registros de vacinação no país.

Esses casos estão longe de serem isolados. Em outubro do ano passado, a CVC sofreu um ataque do tipo ramsomware que invade e sequestra os dados da companhia, exigindo uma espécie de resgate para devolver os sistemas. Em maio, a vítima foi a JBS, que acabou com suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália afetadas e precisou pagar um resgate de US$ 11 milhões para recuperar seus sistemas.

Enquanto os custos das empresas com cibersegurança devem crescer em 83%, segundo relatório PwC Digital Trust Insights 2022, fica a pergunta: o que você pode fazer pela segurança dos seus dados?

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O primeiro passo é nunca clicar em links de estranhos. Outra atitude importante é rever suas senhas. Há quanto tempo você usa as mesmas senhas em todos os dispositivos? E há quanto tempo essa senha é o nome de algum parente ou do seu pet ou uma palavra toda em minúscula seguida pelos números 123?

Se a resposta for “há muitos e muitos anos” para alguma dessas perguntas, é hora de rever suas senhas. Segundo a organização de segurança Security.org [security.org], é importante que a senha não seja, para começar, a palavra “senha”, que tenha ao menos 10 caracteres (entre 16 e 20 é o ideal), que inclua uma combinação de letras, números e símbolos em vez de uma palavra ou frase, e que não tenha letras e números repetidos ou em sequência (qwerty é considerada uma sequência, ok?).

Para ter mais uma motivação na sua mudança de senhas, confira, no nosso GRÁFICO DA SEMANA, a velocidade que um computador levaria para desvendar sua senha nos chamados  ataques de força bruta ou buscas exaustivas de chave, que podem, em teoria, ser usados contra quaisquer dados criptografados.

Gráfico da IMpulso sobre a segurança de senhas

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Este gráfico faz parte da newsletter IMpulso, enviada todas as quintas-feiras, pela manhã. Inscreva-se grátis para receber o conteúdo.

Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.