Penhor: empréstimos atingem R$ 3,36 bilhões entre janeiro e julho

A Caixa tem R$ 7,8 bilhões disponíveis para concessão de empréstimo sob penhor, número 38,8% maior que o de 2009

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SÃO PAULO – A linha de penhor da CEF (Caixa Econômica Federal) realizou, nos primeiros sete meses do ano, empréstimos que somaram R$ 3,36 bilhões.

Para este ano, a instituição têm R$ 7,8 bilhões disponíveis para concessão de empréstimo sob penhor, número 38,8% maior que o do ano passado. O banco espera realizar aproximadamente 9,54 milhões de contratos em 2010.

Micropenhor
A modalidade de micropenhor, que se destina a pessoas com menor renda, apresentou um crescimento de 44%, passando de R$ 578,8 milhões emprestados entre janeiro e julho de 2009 para R$ 836,9 milhões no mesmo período deste ano.

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“O aumento do valor máximo de concessão do penhor tradicional de R$ 50 mil para R$ 100 mil, o aumento do limite máximo de contratação do micropenhor de R$ 1 mil para R$ 1,5 mil e a valorização do ouro no mercado estão entre os principais fatores para o crescimento do produto“, afirmou o superintendente nacional de clientes pessoa física renda básica da CEF, Humberto Magalhães.

Cuidados
Embora concorde que o penhor é uma boa opção frente às demais linhas de crédito, por conta dos juros mais baixos, o diretor do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), Geraldo Tardin, fez em outra ocasião um alerta sobre o pagamento.

“É importante estar atento às datas de pagamento do empréstimo, porque, senão, o consumidor vai perder o bem”, afirmou, em outra ocasião. Renato Diz, da Caixa, também dá um conselho: “Quem não precisa de recurso não deve tomar nenhum tipo de empréstimo”.

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O juiz assessor da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, Hamid Charaf Bdine, explicou que a Caixa tem regras específicas para o penhor e que, por isso, os cuidados devem ser no sentido do consumidor ter a certeza de que quer empenhar o objeto. “Se ele não conseguir pagar, o objeto vai a leilão e pouco há o que se fazer no âmbito judicial”.

Ele explicou que o penhor é uma garantia oferecida, ao pegar um empréstimo, e optar por ela é de escolha do consumidor. “Ele não está sendo obrigado a dar o objeto como garantia e, se o faz, não tem como recorrer à Justiça, caso o objeto vá a leilão”, alertou o juiz em outra ocasião.

Contratação
Os prazos de contratação do penhor variam de um a 180 dias. O limite mínimo é de R$ 50 e o máximo é de R$ 50 mil por cliente. O empréstimo corresponde a 85% do valor de avaliação do bem.

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Já no micropenhor, o empréstimo tem limite de R$ 1,5 mil, com taxas de juros de 1,7% ao mês e prazo mínimo para o pagamento de até 180 dias, em múltiplos de 30 dias.

Perfil
De acordo com levantamento da CEF, a
s mulheres representam 74% dos clientes, sendo que 55% têm entre 35 e 50 anos.

Quando se trata das regiões, a Sudeste concentra 49% das contratações efetuadas. Já na região Sul, esse índice chega a 16%, seguida pelo Nordeste (15%) e Centro-Oeste e Norte, ambos com 10%.

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