Na véspera do Oscar, veja lista dos melhores filmes sobre finanças e negócios

Com imparcialidade e, em muitas vezes, com severas críticas, mundo dos negócios caiu nas telonas e rendeu prêmios

Roberto de Lira

Estatuetas do Oscar (Foto: Getty Image)

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O cinema costuma abordar temas do dia a dia tanto com profundidade como de forma superficial e o campo da Economia, Negócios e Finanças não poderia ficar de fora da abordagem pela Sétima Arte.

Algumas vezes com imparcialidade e, em muitas outras ocasiões, com severas críticas, o capitalismo, seus pontos fortes e conflitos estão sempre rendendo boas histórias e atuações, algumas delas recebendo o reconhecimento da indústria, com prêmios.

Na véspera do Oscar, o InfoMoney lista alguns desses momentos em que os Negócios foram abordados nas telonas.

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1929 – Disraeli

O cinema mal havia entrado na era do som quando o ator George Arliss ganhou o Oscar por sua atuação como o primeiro-ministro britânico Benjamin Disraeli, da época da Rainha Vitória. A cinebiografia se resume a um período específico, quando ele enfrentou a oposição no Parlamento para tentar comprar do endividado Egito o controle do Canal de Suez e evitar que ele fosse tomado pela Rússia. A aquisição foi fundamental para incrementar ainda mais o poderio do Império Britânico. Curiosamente o tema ficou atual com a atual crise no Mar Vermelho.

A Casa dos Rothschild (1934)

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A Casa dos Rothschild concorreu na categoria de melhor filme, perdendo para o também épico Cavalgada. O filme conta a história da ascensão do império financeiro Rothschild, fundado na antiga Prússia por Mayer Rothschild e continuado por seus cinco filhos. O negócio da família começa a crescer quando ajuda a financiar a guerra contra Napoleão. É considerado uma obra importante no combate ao antissemitismo que crescia na Europa, mas partes dele foram editadas pela Alemanha nazista para a propaganda contra os judeus. Entre seus atores principais estão Boris Karloff, Loreta Young e Robert Young.

An American Romance – Um romance americano (1944)

Produzido e dirigido por King Vidor, o filme deveria fazer parte de uma trilogia sobre trigo, aço e guerra, mas o realizador não ficou satisfeito com os cortes na produção e abandonou projeto e o estúdio da MGM. Conta a história do imigrante europeu Stefan Dubechek, que chega à América na década de 1890 para trabalhar em minas de carvão e ascende até se tornar um importante industrial da siderurgia. O filme tem muitas cenas feitas dentro de empresas da época, incluindo a fábrica que produzia os bombardeiros B-17. A linha de produção era quase que totalmente composta por mulheres.

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It’s a Wonderful Life – A Felicidade Não se Compra (1946)

Considerado um dos maiores clássicos da história do cinema, “A Felicidade Não se Compra” entra na lista pelo tipo de negócio que o protagonista George Bailey (James Stewart) está envolvido: uma empresa familiar de empréstimos imobiliários para famílias de renda baixa. Seu oponente, o inescrupuloso banqueiro Henry Potter (Lionel Barrymore) é um vilão tão carregado nas tintas que o FBI chegou a emitir um memorando sugerindo tendências comunistas no roteiro, ao tentar difamar as classes altas. O filme conta a história de Bailey, que se vê disposto a cometer suicídio quando sua empresa fica sem liquidez às vésperas do Natal. Ele chega a acreditar que a vida de todos seria melhor se ele nunca tivesse nascido. Um anjo atrapalhado chamado Clarence (Henry Travers) tentará provar que ele não tem razão.

The Man in the Gray Flannel Suit – O Homem do Terno Cinzento (1956)

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Tom Rath (Gregory Peck) é um pai e marido suburbano assombrado por suas memórias da 2ª Guerra Mundial. Pressionado por sua infeliz esposa (Jennifer Jones) para conseguir um emprego com melhor remuneração, Rath vai trabalhar como relações públicas do presidente de uma rede de televisão, Ralph Hopkins (Fredric March). Cada vez mais mergulhado na política venenosa do escritório, Tom vai precisar escolher entre sua carreira ou sua família. Especialistas dizem que esse é um exemplar de uma série de filmes que surgiram na década de 1950, sobre como é difícil encontrar o seu lugar tanto na sociedade como no mundo corporativo.

How to Succeed in Business Without Really Trying – Como Vencer na Vida sem Fazer Força (1967)

Versão para o cinema de um famoso musical da Broadway. J. Pierrepont Finch (Robert Morse ) compra o livro de auto-ajuda How to Succeed in Business e passa a usar seus conselhos para ascender no mundo dos negócios, embora ele seja um mero limpador de janelas. Ele começa a trabalhar na área da correspondência “World-Wide Wicket Company” e, seguindo a lista de conselhos eticamente questionáveis, chega a vice-presidente de publicidade. Seu truque preferido é provocar a transferência de área ou a demissão de cada pessoa que esteja acima dele na organização. Mas um romance no escritório e uma ousada chantagem ameaçam atrapalhar seus planos.

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Save the Tiger – Sonhos do passado (1973)

Estrelado por Jack Lemmon, esse filme também mostra quais limites um empresário pode ultrapassar para não perder seu negócios. Ele interpreta Harry Stoner, empresário do ramo de vestuário prestes a ver sua empresa ir à falência. Ela oferece prostitutas para os clientes e chega contratar um incendiário para botar fogo em tudo e, assim, receber o seguro. Mas ele também se engaja numa campanha para salvar os tigres da extinção e conhece uma jovem que vive de pedir carona. Muitos críticos veem no filme uma crítica ao momento econômico dos EUA nos anos 1970.

Trading Places – Trocando as bolas (1983)

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Esse filme do diretor John Landis teve o mérito de atualizar o clássico romance de Mark Twain do século XIX, “O Príncipe e o Mendigo” e jogá-lo no ambiente das bolsas de valores dos anos 1980. Dois sócios de uma grande corretora de commodities fazem uma aposta e trocam as posições de um corretor de sucesso (Dan Aykroyd) por um morador de rua (Eddie Murphy), que não sabem da manipulação. Mas eles ficam sabendo de um esquema fraudulento desses sócios com o relatório dados agrícolas e decidem dar o troco.

Wall Street – Wall Street, Poder e Cobiça (1987)

O mais famoso filme sobre o mercado financeiro até então, “Wall Street” rendeu Oscar de melhor ator para Michel Douglas, que interpretou Gordon Gekko, um bilionário do mercado financeiro craque em trabalhar com “insider information”. Ele atrai e manipula o jovem Bud Fox (Charlie Sheen) ao oferecer acesso a um mundo de luxo e riqueza. Nesse filme, Douglas faz o famoso discurso numa assembleia de acionistas de uma companhia de papel no qual afirma: “A ganância (‘greed’) está certa, a ganância funciona. (…)  E a ganância, guardem as minhas palavras, não só salvará a Teldar Paper, mas também aquela outra empresa em mau funcionamento chamada EUA.”

Other People’s Money – Com o Dinheiro dos Outros (1991)

Danny DeVito interpreta Larry Garfield, um “invasor corporativo (“corporate raider”) conhecido no mercado como “Larry, o Liquidante”. Seu trabalho é comprar um grande número de ações de uma empresa cujos ativos parecem estar subvalorizados e, a partir daí, passar a exigir mudanças na liderança e na gestão da empresa, preparando uma futura venda. O patriarca da empresa conta com a ajuda da filha de sua esposa, que é advogada, para tentar evitar a perda do controle. O fato de Larry se apaixonar por ela pode ajudar nos seus planos.

Glengarry Glen Ross – O Sucesso A Qualquer Preço (1992)

Adaptação para o cinema de uma peça de David Mamet, este filme é centrado numa equipe de vendedores de imóveis cuja moral foi corroída após anos de trabalho para a empresa. Muitas escolas de negócios estudam as técnicas e táticas de vendas de produtos financeiros desse filme. Sempre é muito lembrado o discurso motivacional de Alec Baldwin:  ‘Largue esse café. Café é só para quem fecha!”. Ele informa à equipe que apenas os dois melhores vendedores vão manter seus empregos até o final da semana.

Barbarians at the Gate – Selvagens em Wall Street (1993)

Filme para TV de 1993 centrado numa história real da aquisição alavancada da RJR Nabisco, em 1988. A atenção está na disputa entre F. Ross Johnson (James Garner), que preside o conglomerado, contra outro executivo implacável, Henry Kravis (Jonathan Pryce), numa disputa de estratégias, tanto agressivas como engraçadas.

The Hudsucker Proxy – Na Roda da Fortuna (1994)

Quando Waring Hudsucker (Chareles Durning), executivo da bem-sucedida Hudsucker Industries, comete suicídio, seu conselho de administração, liderado por Sidney Mussberger (Paul Newman), apresenta um plano para ganhar muito dinheiro: nomear um idiota para dirigir a empresa, forçar a queda das ações e comprá-las na baixa, assumir o controle e restaurar sua fortuna. Eles escolhem o idealista Norville Barnes (Tim Robbins), que acabou de começar a trabalhar sala de correspondência. Mas ele pode não ser tão tolo como pensam.

Rogue Trader – A Fraude (1999)

Este filme conta a história real de Nick Leeson (Ewan McGregor), um trader que, sozinho, causou a insolvência do Barings Bank , o segundo banco comercial mais antigo do mundo. O filme mostra como Leeson conseguia esconder de seus superiores enormes perdas em contas escamoteadas. Segundo críticos, embora o filme apele para o humor, a história de Leeson é uma grande lição sobre gerenciamento de risco e supervisão financeira.

Pirates of Silicon Valley – Piratas do Vale do Silício (1999)

Também conhecido como “Piratas da Informática”, o filme feito para a TV mostra a ascensão de empresas como Microsoft e Apple, com seus fundadores trabalhando dia e noite para criar algo que seja único. Em específico, o filme explora o impacto da rivalidade entre Bill Gates (Anthony Michael Hall) e Steve Jobs (Noah Wyle) na criação do computador pessoal.

Boiler Room – O Primeiro Milhão  (2000)

As chamadas “boiler rooms” eram salas de mercado desorganizado com operadores fazendo ligações para investidores e usando informações falsas ou enganosas e prometendo retornos fantasiosos. Ou seja, a história do filme é baseada nos mesmos personagens abordados por Martin Scorcese anos depois no famoso O Lobo de Wall Street.  O personagem principal é Seth Davis (Giovanni Ribisi), que tenta acumular quantias absurdas de dinheiro e, assim, ganhar o respeito de seu pai, emocionalmente distante.

Inside Job  – Trabalho Interno (2010)

Premiado documentário que rendeu um Oscar ao diretor, Charles Ferguson, descreve os bastidores da crise econômica que abalou os mercados financeiros em 2007- 2008. Narrado pelo ator Matt Damon, tem o mérito de conseguir ser bastante didático em temas de difícil compreensão e por mostrar como a economia globalizada está interconectada, mostrando relações de causa e efeito com muita precisão.

Margin Call – O Dia Antes do Fim (2011)

Conta a história de 24 horas na vida de um banco de investimento durante a crise financeira de 2007-2008, à medida que a administração percebe que possui muitos ativos ruins em seu balanço. A empresa do filme está em processo de downsizing e o chefe da divisão de gestão de riscos é demitido. Cabe então ao seu pupilo, interpretado por Zachary Quinto, concluir a análise e descobrir o desastre financeiro iminente. Um ponto interessante é que o filme mostra os operadores negociando instrumentos derivativos complexos que os próprios bancos de investimento mal compreendiam.

Wall Street: Money Never Sleeps – Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (2010)

Sequência do filme Wall Street (1987), o filme agora se passa após a falência do Lehman Brothers e em plena crise econômica e financeira. Michael Douglas retorna para interpretar Gordon Gekko, que saiu da prisão e tenta se reconectar com sua filha (Carey Mulligan), que ele não vê há muitos anos. Ela está prestes a se casar com um bem-sucedido banqueiro de investimentos (Shia LaBeouf), o que dá a Gekko uma oportunidade de voltar aos negócios e recuperar parte de sua fortuna perdida.

Too Big to Fail – Grande Demais para Quebrar (2011)

Esse documentário narra o colapso do sistema financeiro durante a crise bancária de 2007-2008 a partir da perspectiva tanto do secretário do Tesouro, Ron Paulson, como do presidente do Federal Reserve da época, Ben Bernanke, e dos CEOs dos mais importantes bancos de investimento dos EUA. As conversas e bastidores sobre a crise são bem elucidativas sobre a tensão do mercado financeiro e dentro do governo americano. O elenco é estelar, com William Hurt (Paulson), Paul Giamatti (Bernanke), Edward Asner (Warren Buffett) e Billy Crudup (Timothy Geithner), enter outros.

Arbitrage – A Negociação  (2012)

Richard Gere interpreta um milionário gestor de fundos de hedge que está perto de se aposentar e prepara sua empresa para a venda. Mas sem o conhecimento de sua filha, que trabalha com ele, o magnata tenta esconder uma fraude que cometeu  o passado, que pode levá-lo tanto à falência como para a prisão. Enquanto isso, segredos de sua vida pessoal também vêm à tona.

The Wolf of Wall Street – O Lobo de Wall Street (2013)

Dirigido por Martin Scorsese, o filme narra a ascensão e a queda de Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), que passa de um simples broker em um pequeno banco de investimento até ter montar sua própria corretora de valores, a Stratton Oakmont, no coração de Wall Street. Além de usar e abusar das estratégias fraudulentas de vendas de ações no estilo das famosas “boiler rooms”, Belfort mergulha na vida de fortuna e decadência, com altas dose de drogas e sexo, enquanto é perseguido por um agente do FBI que só espera um deslize para prendê-lo.

The Big Short – A Grande Aposta (2015)

Outro filme sobre a crise financeira do final da década de 2000, que explica até para leigos as implicações das vendas a descoberto no mercado imobiliário, a crise das hipotecas subprime e os credit default swaps. Na história, o excêntrico Michael Burry  (Christian Bale), um ex-médico que se tornou gestor de fundos de hedge, descobre que o mercado imobiliário dos EUA está baseado numa bolha prestes a estourar e ele passa então a apostar contra o mercado imobiliário com os bancos. O investidor Mark Baum (Steve Carell) faz sua própria investigação e chega à mesma conclusão. O roteiro mostra como foi difícil convencer os donos do dinheiro que os bancos estavam erradamente alavancados em ativos ruins.

Money Monsters – Jogo do Dinheiro 2016

O apresentador de TV de um programa sobre o mercado financeiro Lee Gates (George Clooney) e sua produtora, Patty (Julia Roberts), são feitos reféns por um investidor irado (Jack O’Connell) que perdeu tudo. Aos poucos, o filme se transforma num thriller, com os protagonistas descobrindo uma conspiração no coração da economia global envolvendo os mercados internacionais de alta tecnologia.

The Founder – Fome de Poder (2016)

Filme é baseado na biografia do fundador do McDonald’s, conta a história de um empresário chamado Ray Kroc (Michael Keaton), que transformou o inovador restaurante fast-food de dois irmãos, o McDonald’s, no maior negócio de restaurantes do mundo.

Tulip Fever – Amor e Tulipas (2017)

Situado na Amsterdã do século XVII, Tulip Fever é um drama que se passa no meio da famosa bolha das tulipas. No filme, um jovem artista em dificuldades se apaixona por uma mulher casada, enquanto é contratado para pintar seu retrato. Isso acontece no auge da bolha as tulipas. Para escapar do controle do poderoso marido, os dois investem no arriscado mercado de tulipas na esperança de ficarem ricos. Tem em seu elenco atores consagrados como Christoph Waltz e Zach Galifianakis.

Fontes: IMDB e distribuidoras