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SÃO PAULO — Líder em logística no Brasil, a JSL (JSLG3) quer continuar crescendo de forma orgânica, através da própria operação, e inorgânica, via fusões e aquisições. A companhia comprou outras marcas nos últimos anos e reforçou sua intenção de adquirir os Correios, quando o leilão de privatização sair. Para 2021, Ramon Alcaraz, CEO da empresa, afirmou que ainda pretende anunciar pelo menos mais uma aquisição.
“Nosso apetite está forte para M&A [fusões e aquisições, na sigla em inglês]. Isso tem a ver com a nossa estratégia de crescimento. Para a gente chegar à nossa meta, ou sonho, de receita bruta de R$ 11 bilhões ou mais em 2025, a gente tem duas estratégias: crescer organicamente, o que vem acontecendo, com R$ 2,5 bilhões de receitas em contratos fechados só no primeiro semestre de 2021, e também os M&A. Foram 5 aquisições nos últimos 12 meses, que somaram R$ 1,7 bilhão de receita anual à JSL”, disse o executivo, em live do InfoMoney.
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
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O CEO comentou que a estratégia da empresa é comprar operações bem geridas e que dão lucro, sem necessariamente substituir bandeiras. Sobre uma eventual compra dos Correios, em um leilão de privatização que ainda não há detalhes de como ou quando será, Alcaraz voltou a enfatizar que é do interesse da JSL participar do certame.
“Uma empresa do porte da JSL, a maior empresa de logística do Brasil, uma empresa com apetite por aquisições, quando é divulgado que os Correios poderiam ser privatizados, a gente não poderia deixar de ser candidato. Mas eu costumo dizer que nós somos candidato a candidato. Por que isso? Porque não é claro quais são as premissas dessa operação. Tem idas e vindas. Não é um assunto novo. É um assunto que vem de governos anteriores. A partir do momento que ficar claro qual vai ser e como vai ser o modelo de privatização, a gente vai se pronunciar. É a empresa de maior capilaridade do Brasil, então estrategicamente temos que ter interesse”, afirmou.
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Guilherme Sampaio, CFO da JSL, também participou da live e falou sobre a relação da companhia com a Simpar, que é a holding controladora, a Simpar. “Se a gente olha para a JSL especificamente, é uma empresa que a gente acredita que tem um valor a ser destravado muito relevante. Quando eu pego a cobertura dos analistas, os preços-alvo das ações etc, e olho para os resultados da companhia, para a transformação que aconteceu com ela, o que ocorreu nesses últimos 12 meses, eu acho que o mercado ainda não conseguiu capturar isso”, disse.
“Quando a gente vê uma companhia com os números que o Ramon falou, R$ 5,2 bilhões de faturamento, R$ 800 milhões de Ebitda, R$ 250 milhões de lucro líquido, isso já está contratado, já está realizado, já foi divulgado. Fora a meta agressiva de chegar a R$ 11 bilhões de faturamento até 2025. O que vem pela frente é uma companhia com apetite de crescimento relevante, e isso vai ser considerado no valor das ações”, completou.
Sobre a escolha entre as ações JSLG3 e as do controlador, SIMH3, Sampaio disse que é uma decisão do investidor. “É uma decisão do investidor: estar atrelado a uma empresa de logística mesmo. No nosso caso, temos exposição a 16 setores, o que traz uma resiliência maior à nossa receita, mas é uma empresa de logística. Ou estar atrelado a uma holding que tem o benefício inclusive de ser controladora nossa, além de Movida [MOVI3], Vamos [VAMO3] e das outras companhias que são fechadas.”
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Os executivos comentaram ainda sobre a possibilidade de aquisições fora do Brasil, o impacto da alta nos preços dos combustíveis sobre as operações da companhia e o repasse disso aos clientes, além do boom na demanda logística pelo setor de e-commerce, efeito da pandemia. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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