Conteúdo editorial apoiado por

Mais de 50% dos brasileiros idealizam parar de trabalhar aos 60, mas só 30% acreditam que vão conseguir

Levantamento mostra que 42% dos entrevistados contam com o INSS como fonte de sustento ao se aposentar

Jamille Niero

Mais da metade dos brasileiros (56%) idealizam parar de trabalhar aos 60 anos, mas apenas 30% acreditam que vão conseguir. Enquanto 12% acreditam que vão efetivamente encerrar a labuta entre 61 e 69 anos e outros 12% entre 70 e 79 anos, 14% afirmam não pretendem parar de trabalhar, aponta pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e divulgada na quinta-feira (26), em São Paulo.

Os índices são ligeiramente maiores na comparação com 2021, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez. Na época, auge da pandemia de Covid-19, 53% gostariam de parar de trabalhar aos 60, enquanto 28% pensavam que, de fato, isso aconteceria. Além disso, 13% acreditavam que pararia de trabalhar entre 70 e 79 anos e 8% na faixa etária de 61 a 69 anos. A proporção de quem alegou não querer parar de trabalhar foi de 17%.

Fonte é o INSS

O levantamento mostrou ainda que quatro em cada dez entrevistados (42%) contam com o INSS como fonte de sustento ao se aposentar, índice que teve crescimento expressivo desde 2021, quando 31% responderam dessa forma.

Quando questionados sobre o conhecimento do valor da aposentadoria pelo INSS, a maioria (66%), assim como em 2021 (64%), desconhece quanto vai receber de
aposentadoria quando parar de trabalhar. Já entre os brasileiros que afirmaram saber quanto irão receber (34%), a média citada foi R$ 2.006,00.

Outras fontes de renda também apresentaram crescimento significativo, como a venda ou aluguel de imóveis/bens, que subiu de 7% para 14%, e plano de previdência, que passou de 7% a 10% em dois anos. Por outro lado, a quantidade de pessoas que não conta com nenhuma dessas alternativas como fonte de renda e não tem nenhum plano é significativamente menor nesta tomada: caiu de 7% para 1%.

Em 2023, os entrevistados estão mais otimistas quanto à capacidade de sustentar seu modo de vida atual com o valor da aposentadoria — a proporção subiu de 23% em 2021 para 31% neste ano. No entanto, a maioria ainda permanece na alternativa de que será necessário cortar gastos — resposta de 57% dos entrevistados, índice menor do que os 63% vistos em 2021. Além disso, caiu de 11% para 8% quem acha que não conseguirá pagar as despesas. “O otimismo pode ter a ver com economia de modo geral”, salienta Paulo Alves, gerente de pesquisa de mercado do Datafolha, ao analisar o levantamento.

Veja também:

Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa