Juro de consignado do Auxílio não terá teto e já alcança 86% ao ano

Maiores bancos privados do país não devem ofertas empréstimos na modalidade

Estadão Conteúdo

Notas de Real (Marcelo Casal Jr / Agencia Brasil)

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O empréstimo consignado a beneficiários do Auxílio Brasil, sancionado nesta quarta-feira (3) pelo presidente Jair Bolsonaro, não estabelece limite nas taxas de juros cobradas. A medida ainda precisa ser regulamentada, mas instituições financeiras já fazem pré-cadastros com taxas de até 86% ao ano. Os maiores bancos privados do país, porém, devem ficar de fora das ofertas.

Procurados, Itaú Unibanco, Santander e C6 Bank informaram que não vão oferecer o consignado — que desconta automaticamente a parcela da dívida do valor do benefício. O Bradesco afirmou que está avaliando, “mas, a princípio, não deve operar a linha”. O Banco do Brasil disse que “analisa a possibilidade”. Já a Caixa vai ofertar o crédito, e disse que “as taxas de juros serão informadas quando iniciarem as contratações”.

Segundo o Ministério da Cidadania, as taxas de juros ficarão a cargo das instituições.

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Desde a aprovação da medida pelo Congresso, em 7 de julho, ofertas de empréstimo a beneficiários do programa já circulam pelas redes sociais. Uma das publicações anuncia a liberação de R$ 3.105 a quem receber o auxílio de R$ 600. O valor seria pago em 24 parcelas de R$ 240, com juros de 85,99% ao ano.

As taxas de juros dos anúncios são muito superiores às praticadas em outras modalidades do crédito consignado. Segundo o Banco Central, em abril, último dado disponível, a taxa de juros média em consignados a servidor público era de 20,9% ao ano. No caso de beneficiários do INSS, era de 26,9%; a trabalhadores privados, 36,8%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.