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SÃO PAULO – A organização sem fins lucrativos SITAWI Finanças do Bem abre para investidores na quinta-feira (12) uma nova rodada de sua plataforma de empréstimo coletivo de impacto socioambiental. A taxa de retorno prevista para os investimentos é de 12% ao ano, ou 289% do CDI em 11 de março.
É a segunda abertura de captação nestes moldes pela instituição. Neste formato, o investidor pessoa física poderá aportar valores a partir de R$ 1 mil em uma ou até cinco empresas. Os juros serão creditados nas contas a partir do primeiro mês, com prazo de dois anos.
Vale lembrar que o investimento tem juro fixo, mas não é livre de risco: o pagamento depende da adimplência do tomador do crédito – no caso, as empresas selecionadas pelo investidor para aporte. Não é, portanto, uma modalidade indicada para um perfil conservador.
As empresas selecionadas promovem impacto socioambiental na região Amazônica. A SITAWI espera arrecadar R$ 3,2 milhões para impulsionar os projetos, dos quais 30% aportados por pessoas físicas via P2P.
Os selecionados para receber os recursos foram;
- Carajás, cooperativa de Parauapebas (PA) que gera renda e recupera florestas pela extração e comercialização de produtos florestais;
- Na’kau, de Manaus (AM), que produz chocolate a partir da produção sustentável de cacau por comunidades ribeirinhas agroextrativistas;
- OKA, de Ananindeua (PA), que produz sucos com frutas nativas da Amazônia de forma sustentável e em escala industrial;
- Pratika Engenharia, de Manaus (AM), que vende e instala painéis solares a valores acessíveis para comunidades quilombolas;
- Tucum Brasil, com sede no Rio de Janeiro (RJ) e atuação nacional ao promover a arte das populações indígenas e tradicionais do país.
Em conversa com o InfoMoney no início do ano, Andrea Resende, Gerente de Finanças Sociais da instituição, explicou que, além do impacto, a seleção das companhias apoiadas leva em consideração o potencial de crescimento, para diminuir os riscos do investidor.
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“Analisamos a capacidade de execução do time, a carteira de clientes e as taxas de crescimento”, elenca, tudo para entender o potencial de “repagamento” aos investidores. Os especialistas da instituição também acompanham o dia a dia do negócio de forma a otimizar as operações.
Outro artifício utilizado para enxugar os riscos são os investidores-âncora, instituições e empresas que também colocam dinheiro no projeto em condições diferentes da pessoa física, seja arcando com uma garantia, seja emprestando com prazos mais longos, por exemplo.
Mas até agora não há do que se queixar nesse sentido. Andrea conta que todas as empresas da primeira rodada estão 100% adimplentes. Em toda a existência da SITAWI, a taxa de inadimplência é menor que 5%.
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Com 11 anos de atuação em investimentos de impacto, a SITAWI começou a abrir captação para investidores pessoa física em 2019, apostando no aumento da demanda de investidores pessoa física pelo formato. “Nos últimos três anos, as pessoas físicas começaram a nos procurar. Elas queriam investir como a gente”, diz Andrea.
Na primeira rodada, a Plataforma passou a apoiar cinco empresas de diversos segmentos. O investimento mínimo para participar foi de R$ 1 mil. As iniciativas Stattus4, de inteligência artificial para medição de água; CoopSertão e Orgânicos In Box, de alimentos; UPSaúde, de inteligência de dados aplicada à saúde; e Inteceleri, de educação, foram as selecionadas. Quem investiu no ano passado terá preferência para aportar na rodada Amazônica.
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