Inovações financeiras de 2022 serão maiores do que as dos últimos 10 anos, diz BC

O Brasil trabalha, em estágio inicial, no desenvolvimento de moedas digitais emitidas pelo BC, as chamadas CBDCs

Estadão Conteúdo

(Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 24, que as inovações financeiras no próximo ano serão maiores do que as da última década e a autarquia vem conduzindo projetos para acompanhar tal transformação.

Ele revelou ainda que o Brasil trabalha, em estágio inicial, no desenvolvimento de moedas digitais emitidas pelo BC, as chamadas CBDCs (sigla de Central Bank Digital Currencies).

“As inovações financeiras do próximo ano serão maiores do que as dos últimos dez”, comentou o presidente do BC em apresentação, gravada no último dia 11, transmitida durante a cúpula de inovação organizada pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

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Junto com Campos Neto, o presidente do banco central mexicano, Diaz de Leon, também participou de um painel sobre inovação financeira na América Latina com a mediação do ex-presidente do BC, Alexandre Tombini.

Em sua fala, Campos Neto citou a plataforma de pagamentos instantâneos, o PIX, e projetou que os sistemas de pagamentos e vendas ficarão cada vez mais conectados.

“O Banco Central tem muitos projetos para ter certeza de que está inserido nessa realidade. Um deles é o PIX”, disse o presidente do BC, elencando o baixo custo, a transparência e a velocidade de transações oferecidos pela ferramenta.

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Campos Neto também frisou na apresentação o desafio dos bancos centrais de todo o mundo em se adaptarem a uma realidade de alta velocidade das transformações digitais. “O negócio dos próximos dez anos é sobre as mudanças na área financeira.”

A respeito do desenvolvimento de moedas digitais do BC, ele ponderou que o processo ainda está numa etapa inicial, sendo que muitas questões ainda precisam ser respondidas. “Eu acho que o uso dessa tecnologia será muito usada no futuro. Então, temos que estudar seu potencial”, assinalou o presidente do BC.