Iates de luxo de bilionários russos são confiscados na Europa

Autoridades francesas apreenderam iate de 85 metros na costa mediterrânea; outro navio, do bilionário Alisher Usmanov, está parado no porto de Hamburgo

Equipe InfoMoney

O maior iate do mundo, o Dilbar (propriedade do russo Alisher Usmanov) navega pelo Monte Carlo Country Club, no quinto dia do Monte Carlo Rolex Masters, em 20 de abril de 2017 em Mônaco. (Foto de Clive Brunskill/Getty Images)

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Em meio a sanções contra a Rússia e cidadãos russos devido à invasão da Ucrânia, iates de luxo de bilionários do país estão sendo apreendidos e confiscados pela Europa.

Autoridades francesas disseram ter apreendido o Amore Vero, um iate de 280 pés (85 metros de comprimento) que pertence a uma empresa do russo Igor Sechin, presidente-executivo e presidente do conselho de administração da Rosneft, um empresa produtora de petróleo da Rússia.

Sechin é aliado do presidente do país, Vladimir Putin, e está no grupo de pessoas que sofreram sanções da União Europeia após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Segundo o “The Wall Street Journal”, o Amore Vero foi apreendido durante a noite em um estaleiro em La Ciotat, na costa mediterrânea da França.

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“Agradeço à alfândega francesa por aplicar as sanções da UE contra pessoas próximas aos líderes da Rússia”, escreveu o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, no Twitter. “O barco estava sendo preparado para zarpar com urgência”.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin (ao fundo), olha para o CEO da Rosneft, Igor Sechin, durante visita do presidente da China, Xi Jinping, a Moscou em 5 de junho de 2019 (Foto de Mikhail Svetlov/Getty Images)

A revista “Forbes” chegou a noticiar que o iate Dilbar, que tem 512 pés (156 metros) e é um dos maiores do mundo (veja na foto no início desta reportagem), havia sido apreendido em Hamburgo, na Alemanha.

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O navio pertence ao bilionário russo Alisher Usmanov, que também está entre os alvos de sanções europeias, mas um representante de Usmanov negou que o iate tenha sido apreendido, citando uma declaração do Ministério da Economia e Inovação do estado de Hamburgo.

No comunicado, o ministério do estado alemão afirmou que a agência alfandegária federal do país é a “autoridade responsável pela execução”, que ela teria que emitir uma isenção de exportação para o iate sair do porto e que “nenhum iate sai do porto se não estiver autorizado a fazê-lo”.

“Nenhum iate foi confiscado”, disse um porta-voz da autoridade econômica de Hamburgo ao jornal britânico “The Guardian”. “A entrega [do iate ao seu proprietário] também não está planejada. Nenhum iate vai deixar o porto se não tiver permissão para fazê-lo”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, cumprimenta o bilionário russo Alisher Usmanov em 27 de novembro de 2018 (Foto de Mikhail Svetlov/Getty Images)

Alisher Usmanov é o 99º bilionário mais rico do mundo, segundo a “Forbes”, e tem uma fortuna estimada em US$ 14,2 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões na cotação atual).

A revista diz que Usmanov tem a maior parte da sua fortuna ligada à gigante de minério de ferro e aço Metalloinvest, foi um dos primeiros investidores do Facebook, possui participações na Xiaomi e vendeu sua participação de 30% no Arsenal Football Club em 2018 por quase US$ 700 milhões.

Segundo a agência de notícias Reuters, ao menos cinco outros superiates de bilionários russos estão ancorados ou navegando pelas Maldivas, uma nação no meio do Oceano Índico.

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