iPhones estão 2 anos atrasados – e até o cofundador da Apple quer um Samsung

Steve Wozniak deu uma entrevista dizendo que "realmente quer" um telefone dobrável, mas a empresa que ajudou a fundar ainda não tem essa tecnologia

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Após os lançamentos dos celulares dobráveis de fabricantes como Samsung e Huawei, analistas do Goldman Sachs cravaram: a Apple está “pelo menos” dois anos atrasada em relação à concorrência, principalmente a sul-coreana.

Em relatório assinado pelo analista Rod Hall, o banco fez um elogio à tecnologia da Samsung. “Vemos isso como um desafio para a Apple, que pode se ver sem acesso à tecnologia de tela OLED flexível para a qual acreditamos que a Samsung tem liderança de pelo menos dois anos frente às demais fabricantes de telas”, diz o texto.

Nesta terça-feira, o polêmico cofundador da Apple, Steve Wozniack, também forneceu seus dois centavos sobre o tema. Ele disse que “realmente quer um telefone dobrável”, e que “se preocupa” com o fato de a Apple estar para trás nesta tecnologia.

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“A Apple tem sido líder há um bom tempo em algumas áreas com a identificação por digital, a identificação facial e facilidades para meios de pagamento em celulares”, disse ele em entrevista para a Bloomberg TV. “Eles não são líderes na área de telefones dobráveis, e isso me preocupa, porque eu realmente quero um telefone dobrável”, confessou.

Críticos de tecnologia ainda veem o Galaxy Fold, aparelho dobrável da Samsung, como um protótipo. O blogueiro John Gruber, por exemplo, disse que o celular “é horrível quando dobrado – um dispositivo grosso com uma tela pequena e testas e bochechas grandes… Simplesmente desajeitado”. Ainda assim, o mesmo blogueiro admitiu vislumbrar um “bom futuro” para telas dobráveis como tecnologia – e a Apple segue sem nada neste aspecto.

Futuro espelha o passado

Vale lembrar que a Apple já demorou para identificar demandas de consumidores. O primeiro iPhone com tela grande, o iPhone 6, foi lançado em 2014 – quatro anos depois do primeiro “phablet” da Samsung chegar às prateleiras.

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Custando o dobro do preço dos iPhones lançados em 2018 (o Fold foi anunciado por US$ 2.000), agora os celulares podem virar tablets com um simples gesto. Resta saber se os consumidores vão querer pagar uma vez só por dois gadgets ou continuar comprando iPhones e iPads separadamente.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney