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SÃO PAULO – À medida que as mulheres conquistaram níveis educacionais maiores, entraram no mercado de trabalho e começaram a ganhar mais, o poder de barganha delas nas decisões domésticas cresceu, tanto em países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
A conclusão faz parte do estudo “The Power of the Purse: Gender Equality and Middle-Class Spending”, realizado pelo Goldman Sachs com os BRICs e os países do N11*.
De acordo com os dados, pesquisas recentes mostraram que o orçamento doméstico não é único, representando a preferência de todos, e que o poder de barganha de homem e mulher afeta a decisão de compra da residência.
A predominância dos homens
Apesar de as mulheres terem conquistado seu espaço, o estudo revelou que, em alguns locais, os homens ainda são os tomadores de decisões, como em países da África, em que a maior parcela das mulheres disse que são somente seus maridos que dão a palavra final.
O estudo acrescentou que essa realidade tem sido desgastada por fatores como a educação das mulheres, urbanização, maior mobilidade e a propagação da tecnologia.
Como resultado do maior poder de barganha das mulheres, o modelo dos gastos domésticos tem mudado. Estudos mostram que os homens gastam mais sua renda com itens para consumo próprio, incluindo álcool, cigarros e bens de consumo com alto status. Já as mulheres gastam mais com a casa e seus filhos, incluindo alimentação, cuidado com a saúde, roupas e produtos de cuidados pessoais.
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Poupança
O estudo ainda mostrou que as mulheres tendem a poupar mais dinheiro do que os homens, o que está relacionado à maior vulnerabilidade econômica delas. Se tivessem oportunidade, elas ainda guardariam mais dinheiro do que fazem atualmente.
*Brasil, Rússia, Índia e China, mais Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Coreia do Sul, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia e Vietnã