Elmo de Araújo Camões, ex-presidente do Banco Central, morreu nesta quarta-feira (26), aos 94 anos. A causa da morte do executivo aposentado não foi divulgada.
Camões presidiu a autoridade monetária entre março de 1988 e junho de 1989. Indicado ao cargo pelo então presidente José Sarney, de que era amigo pessoal, Camões teve seu nome bem recebido pelos empresários e pelo mercado financeiro na época.
Ao tomar posse, afirmou que a política monetária e creditícia que cabia ao BC deveria ter inicio com a redução dos gastos do próprio governo.
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) disse, por nota, que Camões “trabalhou para que os associados, notadamente as instituições financeiras regionais, expandissem sua atuação, aproximando as agências do centro econômico-financeiro do país”.
Camões esteve à frente da ABBC entre 1987 e 1988.
Segundo a ABBC, o executivo aposentado iniciou a carreira no Banco do Brasil, em 1946. Em 1972, foi nomeado gerente-geral do Banespa em Nova York.
Nos Estados Unidos, dirigiu a Câmara de Comércio Brasil-EUA. Foi também membro do conselho diretor do Institute Foreign Bank of New York (1972-1976).
Em 1981, presidiu o Banco Société Générale Brasil S.A (Sogeral). Em 1988, Camões chegou à presidência do Banco Central.
Casou-se com Maria Luísa Lages Camões, com quem teve três filhos. “A ABBC se solidariza com a família e os amigos”, diz a entidade.