Defasagem do diesel sobe mais uma vez, para 18%, dizem importadores

Já a da gasolina caiu, para 14%; Abicom diz que Petrobras deveria reajustar o diesel em R$ 1,08 nas refinarias e a gasolina em R$ 0,67

Estadão Conteúdo

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A defasagem do preço do diesel subiu para 18% nesta quarta-feira, 15, contra 16% da véspera, elevando a necessidade de reajuste pela Petrobras (PETR3;PETR4) para mais de um real por litro do combustível (R$ 1,08), segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

No caso da gasolina, a defasagem caiu de 16% para 14% e o aumento deveria ser de R$ 0,67 por litro para alinhar os preços da estatal aos praticados no Golfo do México, nos Estados Unidos (referência para o comércio global de combustíveis).

A Refinaria de Mataripe, na Bahia, tem reajustado seus preços semanalmente, acompanhando a paridade internacional. A refinaria é a segunda maior processadora de petróleo do país e foi vendida pela Petrobras para a Acelen. Segundo a Abicom, seus preços estão com uma defasagem de 5% no diesel e de 1% na gasolina.

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A Petrobras mantém o preço da gasolina inalterado há 97 dias e o diesel, há 37 dias. Há a expectativa de um possível reajuste nos combustíveis nos próximos dias devido à defasagem, mas emissários do governo se reuniram na segunda-feira, 13, com a diretoria da estatal para tentar impedir o aumento.

Fontes disseram ao jornal O Estado de S. Paulo que os executivos da Petrobras planejam anunciar um reajuste de 9% no preço da gasolina e de 11% no do diesel, pois o petróleo não para de subir no mercado internacional, acima de US$ 120 o barril, e o dólar voltou a subir, ultrapassando os R$ 5.

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Alta do petróleo e do dólar

Segundo especialistas, a tendência é de continuidade de alta no preço do petroléo por causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e do crescimento da demanda com o arrefecimento da pandemia — o que pode colocar em risco o abastecimento de diesel no Brasil por escassez de oferta. Sem preços alinhados, os importadores deixariam de importar diesel para o país.

Na terça, após o fechamento do mercado, a Petrobras reafirmou que vai manter seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, mas que evita o repasse imediato da volatilidade externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

“A Petrobras monitora continuamente os mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais”, afirmou a estatal em nota.

(Com Estadão Conteúdo)