Crédito consignado ajuda no planejamento financeiro, diz presidente da ABBC

"A parcela já vem descontada do rendimento, e isso ajuda a organizar o fluxo de caixa da pessoa", diz Renato Oliva

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SÃO PAULO – Em meio à crise financeira, que tornou os recursos para empréstimos mais escassos, o que significa aumento de seu custo, é preciso pesquisar para tomar um crédito mais consciente. Para isso, de acordo com o presidente da ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Renato Martins Oliva, existe o empréstimo consignado.

Ele explicou que a modalidade de crédito promove o planejamento financeiro. “Isso acontece com o desconto da parcela no salário da pessoa ou, no caso do aposentado ou pensionista do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], no benefício”, disse o presidente da ABBC.

“Se a pessoa precisa tomar um empréstimo, em vez de receber o boleto, a parcela já vem descontada do rendimento, e isso ajuda a organizar o fluxo de caixa da pessoa”.

Pesquisa mostra realidade

Um levantamento realizado com aposentados e pensionistas do INSS pela ABBC, levando em consideração dados do Ibope e do Vox Populi, revelou que uma das vantagens apontadas no empréstimo consignado estava na averbação, que é o desconto em folha de pagamento, “que facilita na hora de pagar o empréstimo”.

Em pergunta aberta que dizia “qual a vantagem do empréstimo consignado”, 92% das pessoas entrevistadas responderam serem os juros baixos, 90% disseram o processo desburocratizado (rapidez na tomada de crédito, não consulta a terceiros e etc.), enquanto 72% afirmaram ser a averbação.

“Se a parcela vem descontada, a pessoa faz planejamento financeiro com aquilo que vai receber. Isso é muito bom porque é este ciclo positivo, de baixa inadimplência, que faz com que a taxa de juros seja tão baixa. Se fosse no crédito pessoal, em que a pessoa perde o carnê, esquece de pagar, recebe o salário e gasta, o ciclo positivo é interrompido”, explicou.

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Crédito

De acordo com Oliva, o empréstimo consignado é útil para promover melhora na qualidade de vida das pessoas, desde que usado de maneira consciente.

“Tem que ponderar para onde vai o dinheiro. Para fazer supermercado é errado. Porque não pode fazer compra de mês com dinheiro emprestado. Agora, para viajar, comprar um carro, reformar a casa, que são investimentos que venham a aumentar a qualidade de vida, aí é adequado”, ponderou.

Ele explicou que o brasileiro é prudente quando o assunto é tomada de empréstimo, porque sabe que ele é uma forma de antecipar o consumo ou uma necessidade, mas que precisa analisar as melhores alternativas.