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SÃO PAULO – No início da semana, o mercado internacional viu o preço do barril de petróleo subir mais de 10% após um ataque à petroleira Saudi Aramco na Arábia Saudita. Na mesma segunda-feira (16) do ataque, a Petrobras comunicou ao mercado que não faria um ajuste de preços imediato, mas a estatal voltou atrás.
Na quarta-feira (18) foi anunciado um aumento de 3,5% na gasolina e 4,2% no diesel. A Petrobras se viu na necessidade de repassar o preço à cadeia de combustíveis, o que gera um reflexo quase que imediato nas bombas de postos espalhados pelo país.
“A política da Petrobras acompanha o mercado, e esse preço é repassado para a bomba, pois, do ponto de vista da empresa, um congelamento de preços é horrível. Isso leva a dificuldades operacionais muito grandes”, explica Cesar Caselani, professor de finanças da FGV (Faculdade Getúlio Vargas).
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Em entrevista ao InfoMoney, o professor afirma que o consumidor final deve sentir alterações significativas nos preços. Mesmo assim, ainda há como economizar e fazer seu dinheiro render mais ao abastecer. O professor deu algumas dicas para gastar menos com combustível.
Desconfie e pesquise
Para aquele consumidor que depende do combustível, como motoristas de aplicativo, por exemplo, efetivamente pagar menos é bem difícil, pois os postos costumam manter os preços em uma faixa próxima. Preços muito baixos fogem à regra e devem ser analisados com atenção e cuidado.
“Deve-se desconfiar e evitar um posto que trabalhe com preços muito a baixos da média do mercado. No Brasil temos um sério problema com combustíveis adulterados”, explica Caselani. É um exemplo clássico do dito popular “o barato sai caro”.
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Um fator importante para que o dinheiro renda mais ao abastecer é a pesquisa. O professor explica que, como não há nenhum tipo de poder de barganha nesse mercado, saber pesquisar é fundamental. Procurar postos de gasolina recomendados por amigos e fazer uma comparação de preço deve ajudar o consumidor a pagar o menor valor possível.
Mescle alternativas
Para quem não precisa usar carro em todas as ocasiões, muitos meios de transporte à disposição, e para Caselani, essa alternância é fundamental.
“Combinar alternativas é uma maneira de reduzir o impacto do aumento da gasolina. É muito importante que as pessoas tenham a consciência que existe uma gama de meios de transportes”
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Para distâncias menores, o professor aconselha checar os preços de aplicativos de mobilidade urbana, como Uber ou 99, ou até mesmo cogitar o aluguel de patinetes e bicicletas. Mesmo que esses últimos dependam do clima e do trajeto, por exemplo. Quando os valores compensarem, deixe o carro na garagem.
Para percursos mais longos, é importante lembrar que, em cidades com transito intenso como São Paulo, mesclar entre carro próprio e transporte público, como o Metrô, pode ser uma ótima alternativa para não sofrer tanto com a alta nos preços.
Planejamento, preparo e adequação
O professor diz que planejar a rota antes de sair de casa é fundamental para economizar tempo, dinheiro e saúde, já que os imprevistos, como um caminho mais longo desnecessário ou uma via engarrafada, podem fazer o condutor se atrasar, gastar mais combustível e se estressar desnecessariamente.
“Tente agrupar seus afazeres, assim você economiza no número de viagens a serem feitas. A pessoas precisam se conscientizar que o tempo para planejamento é importante. Quem age por impulso, acaba gastando mais dinheiro”, explica Caselani.
Truques técnicos
Ainda que pesquisa e planejamento sejam essenciais para gastar menos com gasolina, ensinamentos práticos e técnicas de direção podem fazer bastante diferença na hora de pagar para abastecer seu automóvel.
Usar menos o ar-condicionado e manter os pneus cheios são exemplos de dicas para que a gasolina dure mais ao dirigir. Um pneu cheio tem mais atrito com o solo, o que força menos o carro e economiza combustível. Já o ar-concionado funciona operado pelo motor, fazendo com que o consumo seja maior.
Uma direção uniforme e segura é essencial para uma economia. Manter uma velocidade constante e a não realizar aceleradas ou freadas bruscas gasta menos combustível, pois exige menos empenho do motor do carro.