Como a operação da MRV nos EUA deve se tornar maior do que a do Brasil — e não vai demorar muito

CEO e CFO do grupo participaram de live do InfoMoney e destacaram o valor das ações na Bolsa hoje, que, segundo eles, é injustificável

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A compra da AHS pela MRV (MRVE3) em 2020 por cerca de US$ 220 milhões foi “baratíssima”, na visão do CEO do grupo, Rafael Menin. Segundo ele, as operações da subsidiária em três estados americanos é promissora e tem crescido — e deve superar o tamanho do negócio brasileiro nos próximos anos.

“É uma operação que a gente está muito otimista. A gente quer chegar em 6.000 unidades por ano no primeiro ciclo [de crescimento]. A partir de 2025, a gente acha que essa empresa tem totais condições de chegar a 10.000 unidades por ano, a um valor médio de mais ou menos US$ 250 mil. Pode ser uma empresa de US$ 2 bilhões, US$ 2,5 bilhões por ano”, disse o executivo, em live do InfoMoney.

“Isso daria uma operação de R$ 12 bilhões, com uma rentabilidade muito elevada. Em algum momento, essa companhia que hoje, na minha opinião, ela vale zero no valor do nosso papel, ela vai ter uma representatividade no resultado da companhia muito importante. E possivelmente a AHS vai ser maior do que a operação no Brasil”, completou o executivo.

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A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Enquanto os negócios da AHS não decolam, os executivos seguem focados no Brasil e de olho em alguns temas importantes, como a reforma tributária. “A reforma tinha alguns aspectos peculiares dentro do nosso segmento. Um deles era a tributação dos dividendos dentro do fundo imobiliário, isso já ficou para trás. Tinha também uma discussão de tributação dentro da estrutura da holding (…), isso também já ficou para trás. Em relação à tributação de dividendos, a MRV vai ser impactada com qualquer outra empresa. Empresas listadas têm uma alternativa, que é a recompra de ação, mas não vejo como algo sustentável”, disse Ricardo Paixão, CFO do grupo.

Os executivos falaram ainda sobre impacto do aumento da Selic sobre os negócios, pagamento de dividendos, sobre as operações da Luggo no Brasil, além do preço atual das ações da MRV na Bolsa atualmente. “A AHS, como eu disse, pode ser uma operação bem maior que a brasileira. A empresa deveria estar valendo R$ 20 bilhões, R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões, que é o valor que eu vejo para empresas com lucro parecido. A gente está valendo hoje menos de R$ 7 bilhões. Muito menos que as empresas de outras indústrias com o mesmo tamanho que a MRV. Isso é totalmente injustificável”, disse Menin.

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“Por algum motivo os investidores estão olhando a fotografia de curto prazo e estão deixando de olhar para esse longo prazo. Quem operar bem nesse segmento, quem está fazendo um bom trabalho, como o nosso, com atuação nacional, sendo exposto a várias fontes de funding, investimento maciço em tecnologia, a empresa disparada mais tecnológica do setor, eu não tenho a menor dúvida que a gente deveria valer muito mais do que a gente vale hoje”, completou o CEO. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.