Carros elétricos: bateria ainda representa o maior custo, mas preços estão em queda

Preço das baterias automotivas de íon-lítio saiu do patamar de US$ 900 por quilowatt-hora em 2009 para algo em torno de US$ 200 por quilowatt-hora hoje

Suzana Liskauskas

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SÃO PAULO – As baterias de íon-lítio que dão vida ao carro elétrico representam o componente de maior custo nesse tipo de veículo. Dependendo do modelo, o preço da bateria pode representar de 35% a 60% do valor do veículo. Embora ainda seja considerado alto, o preço iniciou uma trajetória descendente na última década.

Alexandre Szklo, professor do programa de planejamento energético da Coppe/UFRJ, lembra que o preço das baterias automotivas de íon-lítio saiu de um patamar de US$ 900 por quilowatt-hora, em 2009, para algo em torno de US$ 200 por quilowatt-hora atualmente. A boa notícia é que elas duram, em média, dez anos, e a garantia dada pelos fabricantes se estende por oito anos normalmente.

Henrique Miranda, head de Conectividade do BMW Group Brasil, diz que se espera uma “explosão” das vendas de veículos elétricos quando o custo do quilowatt-hora chegar ao patamar de US$ 100, o que é previsto para 2023 a 2025.

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“A tendência é de redução. Há uma expectativa grande de aprendizado tecnológico na bateria com a entrada da China na fabricação, o que reduz muito o custo de produção. A China representa mais de 50% da produção de baterias eletroquímicas do mundo”, diz Szklo.

Além da redução de preço, as tendências apontam o segundo momento de vida útil das baterias de carros elétricos depois que sua atividade no veículo se esgotar. Szklo diz que atualmente, na Califórnia, nos Estados Unidos, em alguns países europeus e na China, há pesquisas com famílias de baterias de veículos elétricos de íon-lítio no setor elétrico. A partir desses projetos, vários modelos de negócios começam a ser desenhados.

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“Quando a bateria deixa de ser usada no veículo, ela será backup para sistemas elétricos baseados em fontes intermitentes, como eólicos e solares. Essas fontes de energia podem se beneficiar de uma segunda vida das baterias”, explica. “A ideia é ter um banco de baterias reaproveitadas de veículos, em diversos modelos de negócio implementados em projeto piloto. Mas é preciso que a rede de distribuição de eletricidade esteja preparada para isso”.