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Busca por seguros de motos cresce, enquanto a de carros cai em 12 meses

Público das motos é mais jovem e solteiro, enquanto carros atraem maior número de homens casados, segundo novo Mapa de Seguros da Serasa

Vitor Oliveira

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Os motociclistas brasileiros estão cada vez mais atentos à proteção de seus veículos. A procura por seguros de motos cresceu 13 pontos percentuais em 12 meses, de 28% para 41% das cotações feitas. Já a busca por seguros de automóveis caiu de 72% para 59% nesse mesmo período, segundo o Mapa de Seguros da Serasa, lançado nesta terça-feira (16).

Segundo Emir Zanatto, head de seguros da Serasa, a popularização dos aplicativos de mobilidade ampliou as opções de transporte, levando o consumidor a avaliar o custo-benefício entre carro próprio, moto ou transporte por aplicativo.

“A moto se consolidou como uma alternativa prática e acessível, tanto para deslocamento diário quanto para geração de renda”

— Emir Zanatto, head de seguros da Serasa

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Dentro das cotações de novos contratos em cada categoria, as cotações de automóveis passaram de 47% para 53%. No caso das motocicletas, o salto foi de 78% para 82%, evidenciando a expansão do mercado e a busca crescente por proteção sobre duas rodas.

“O carro segue sendo um bem de longo prazo, muitas vezes associado a famílias que priorizam segurança e estabilidade.”

Comparação de olume de cotação de seguros para motos e carros. (Reprodução/Serasa)

O mapa é um indicador trimestral que mostra como os brasileiros pesquisam seguros de automóveis e motos em todo o país. O levantamento acompanha a evolução do volume e do valor das cotações, as diferenças por faixa etária, gênero, estado civil e região, além do perfil financeiro dos consumidores, incluindo renda salarial e score de crédito.

Os dados são elaborados com base nas cotações avaliadas pelo TEx Analytics, que é uma plataforma especializada em inteligência de mercado da TEx, braço da Serasa, com base no sistema de MultiCálculo utilizado por corretoras de seguros pelo Brasil para comparar e analisar preços.

Idade, renda e perfil financeiro dos segurados

O levantamento também mostra diferenças de perfil entre quem busca cada tipo de seguro. Enquanto a cotação de automóveis concentra homens casados, entre 36 e acima de 55 anos, o público das motocicletas é majoritariamente solteiro, com idades entre 26 e 45 anos.

Essa variação reflete momentos de vida distintos: consumidores mais velhos e casados tendem a priorizar a proteção da família, enquanto os mais jovens veem a motocicleta como sinônimo de mobilidade, independência e praticidade.

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Cotações por gênero

A parte superior mostra as cotações de seguros de carros em agosto de 2025. Já a parte inferior indica as cotações para seguros de motos no mesmo período. (Reprodução/Serasa)

As diferenças aparecem também no perfil financeiro. Quem busca seguros para automóveis tem renda mais concentrada entre R$ 3.037 e R$ 4.554, enquanto entre motociclistas predomina a faixa de R$ 1.519 a R$ 3.036.

Apesar dessa diferença, em ambos os públicos, destaca-se a preocupação com a saúde financeira: 74% dos interessados em seguros de automóveis e 80% dos de motocicletas não possuem dívidas negativadas (adimplentes). 

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Além disso, mais de 70% dos consumidores têm pontuação de crédito considerada “boa” ou “excelente” — acima de 500 e 700 pontos, respectivamente.

“O Serasa Score é o principal termômetro de crédito do país, e essa visão reforça a importância de manter bons hábitos financeiros para garantir ainda mais autonomia e acesso a melhores condições crédito e seguros”, diz Zanatto. 

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Sudeste lidera em carros e o Nordeste em motos

Analisando os dados por região, as cotações para automóveis são realizadas principalmente no Sudeste, representando 67,4% do total. Esse dado reflete a densidade populacional da região e também a concentração das principais montadoras de automóveis nesses estados.

No entanto, os números de cotações de seguros para motocicletas são mais distribuídos: a região Nordeste representa 40,2%, seguido pelo Sudeste (32%,) Norte (10,5%), Centro-oeste (9,3%) e Sul (8%). 

Tem alguma dúvida sobre o tema? Envie para leitor.seguros@infomoney.com.br que buscamos um especialista para responder para você!

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