Publicidade
SÃO PAULO – Escolas de intercâmbio já oferecem parcelamentos em até dois anos para quem tem interesse em viajar, conhecer outra cultura, aprimorar o idioma ou então fazer um curso ligado à profissão. Porém, os brasileiros têm sido mais conservadores em relação às compras a prazo.
A CI, por exemplo, oferece o parcelamento em 24 vezes iguais com juros. “A ideia surgiu quando percebemos que muitas pessoas têm vontade de viajar, mas não conseguem encaixar os valores no orçamento”, afirmou o sócio-diretor, Celso Garcia.
De acordo com a diretora educacional da CI, Tereza Fulfaro, apesar de a empresa de intercâmbio oferecer parcelamento em até 24 meses, na prática, as pessoas costumam pagar a viagem em até nove parcelas. “Elas escolhem tempos menores, porque são pessoas que não querem ficar com dívidas muito longas”, afirmou.
Exclusivo para novos clientes
CDB 230% do CDI
Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
O prazo médio dos financiamentos no Brasil é de 16 meses, de acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), mas pode chegar ao máximo de 36 meses. Porém, quando analisada a aquisição de veículos, o tempo médio do financiamento é de 44 meses e o máximo, de 80 meses.
Fugindo dos juros
Na verdade, a opção por parcelar em poucas vezes também é uma estratégia para fugir do pagamento de juros. Na empresa de intercâmbio Experimento, é oferecida a possibilidade de parcelar em até 24 meses, mas os clientes costumam escolher até cinco vezes.
“O brasileiro não se planeja muito, então não dá para pagar tudo de uma vez. O que falta, eles parcelam em até cinco vezes, porque tem um programa sem juros, se parcelar no cartão em até esse período”, afirmou a gerente comercial da Experimento, Emilia Miguel.
Continua depois da publicidade
Além disso, outro fator que dita a forma de pagamento é o câmbio. De acordo com Emilia, existe a possibilidade de o aluno dar uma entrada e pagar o restante do curso aos poucos, em até 30 ou 40 dias antes do início. Então, ele vai pagando conforme a cotação está menor, o que favorece o bolso.
Intercâmbio
Na hora de fazer um intercâmbio, os brasileiros ainda optam pelos países de língua inglesa, sendo os preferidos o Canadá, os Estados Unidos e o Reino Unido, além daqueles localizados na Oceania e da África do Sul, que teve apelo neste ano por conta da Copa do Mundo.
A queda do euro, apesar de não ter mudado este cenário, faz com que o intercambista que está na Europa fique mais suscetível a viagens pelo continente. A mudança cambial, de acordo com a diretora educacional na CI, ainda pode fazer com que as escolas pratiquem reajustes dos preços dos cursos acima do esperado.
Continua depois da publicidade
“A tabela de preços das escolas é divulgada em outubro do ano anterior. Pode ser que agora altere. Tenho receio de que as escolas que estão com euro promovam aumentos”, afirmou Tereza.
Para o segundo semestre, o mercado prevê um cenário positivo, sem sinal de queda da demanda, que é incentivada por jovens e por profissionais em início de carreira, que querem viajar e ainda aproveitar para estudar um outro idioma.