Atestado para faltar trabalho? Plataforma do CFM vai dizer se é real ou fraude

Sistema Atesta CFM terá uso obrigatório em março de 2025

Maira Escardovelli

Publicidade

Para combater a falsificação e vendas de atestados médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou na última quinta-feira(5) a Atesta CFM, plataforma oficial que emite e valida atestados físicos e digitais em todo o território nacional. O serviço entra em vigor em 5 de novembro de 2024, e passa a ser obrigatória depois de quatro meses, em março de 2025.

Atualizada em tempo real, a solução digital terá uma base de dados para checar a veracidade dos atestados, a partir da unificação de todas as plataformas de emissões.

A Atesta CFM está disponível pelo portal na internet e, em novembro, chega como aplicativo nas lojas do Android e iOS.

O que muda?

O uso é gratuito e todos os envolvidos – médico, paciente e empresa – poderão conferir a validade e o histórico de documentos.

Com a Atesta CFM, os atestados só poderão ser emitidos pela plataforma e adicionados ao sistema pelos médicos, que deverão se identificar com Certificado Digital ou credencial do CFM.

Na sequência, a solução notificará automaticamente o paciente e, mediante autorização, à empresa em que ele trabalha.

Continua depois da publicidade

De acordo com a iniciativa, quando uma companhia receber um atestado, o médico também será avisado e poderá cancelar o documento caso haja suspeita de uso indevido do seu registro profissional.

Leia também
ANS fará audiência para tentar baratear planos de saúde; medida é mista para setor
Usuários trocam plano de saúde nacional por regional para pagar menos: vale a pena?

Atestados em papel

Para preenchimento manual, a plataforma fará a impressão de blocos que terão data de validade e folhas identificadas por código de segurança.

Depois, o médico poderá incluir as informações manuscritas na solução digital.

Continua depois da publicidade

Segurança de dados

A Atesta CFM chegou com a Resolução CFM nº 2.382/2024, que regula a emissão e busca ampliar a proteção a médicos, pacientes e empresas por meio de soluções na internet e aplicativos.

Todas as informações utilizadas serão protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mantendo o sigilo do quadro clínico e demais dados do paciente.