Artur Alvim, Ermelino Matarazzo, Parque Bristol: rentabilidade potencial dos imóveis em SP é maior longe dos bairros badalados

Segundo levantamento da startup QuintoAndar, o retorno potencial com aluguel nessas regiões varia de 0,45% a 0,49% ao mês. Em Pinheiros, é de 0,33%

Mariana Segala

Ilustração (Getty Images)

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SÃO PAULO – Investidores imobiliários, atenção: em cidades como São Paulo, a rentabilidade potencial com o aluguel de imóveis pode ser maior em bairros distantes das áreas mais badaladas. A conclusão é de um levantamento de dados realizado pelo QuintoAndar, startup de aluguel, compra e venda de imóveis.

De acordo com os dados, os bairros de Artur Alvim e Ermelino Matarazzo, na Zona Leste da capital paulista, e Parque Bristol, na Zona Sul, são os que apresentam a rentabilidade potencial média mais alta na cidade – respectivamente, de 0,49% ao mês, 0,46% e 0,45%. Nessas localizações, um terço dos imóveis são alugados em até 14 dias.

As taxas são calculadas comparando o valor dos aluguéis dos imóveis residenciais em cada região, em comparação com os preços de venda. É tomado como referência o histórico de negociações fechadas por meio da plataforma do QuintoAndar. A startup tem mais de 100 mil contratos de aluguel sob gestão em 40 cidades brasileiras. A cada mês, mais 10 mil propriedades são alugadas por meio dela.

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Em alguns bairros próximos ao Centro de São Paulo, a rentabilidade com aluguel também está entre as mais altas. No Brás, por exemplo, é de 0,44% ao mês. Na Liberdade, de 0,43%, segundo o QuintoAndar.

Já em áreas conhecidas pelos preços altos dos imóveis, o retorno é menor. Na Vila Olímpia, por exemplo, bairro nobre da Zona Sul, a rentabilidade calculada pelo Quinto Andar é de 0,34% ao mês. Em Pinheiros, na Zona Oeste, é de 0,33% mensais. Em Interlagos, de 0,30%.

Na cidade do Rio de Janeiro, as maiores rentabilidades potenciais com aluguel de imóveis residenciais estão em bairros como Engenho da Rainha (0,54% ao mês), Inhaúma (0,49%), Del Castilho (0,44%), Pilares (0,43%) e Quintino Bocaiúva (0,43%). Nessas regiões, na média, um quarto dos imóveis é alugado em até 14 dias.

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Em contraste, o retorno em Santa Teresa é de 0,39% ao mês e na Tijuca, de 0,31%. Em Copacabana, bairro dos mais famosos da cidade, chega a 0,28% ao mês.

“Os preços de venda e o valor do aluguel não são lineares”, diz José Osse, diretor de comunicação do QuintoAndar. Em bairros mais afastados, explica, as propriedades costumam ser mais baratas para quem quer comprar. Os aluguéis, nominalmente, também são menores – porém, a relação não é totalmente proporcional. Assim, relativamente, os aluguéis podem render mais nessas regiões.

Já nas áreas nobres, os aluguéis são altos – mas os preços de venda também são. Então, comprar um imóvel para alugar nessas regiões pode acabar sendo menos rentável, já que demanda um investimento elevado.

O mesmo raciocínio explica porque imóveis de um quarto são os que apresentam maior rentabilidade potencial mensal para o investidor. Com propriedades desse tipo, o ganho médio com o aluguel é de cerca de 0,40% ao mês, considerando os mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O retorno cai para 0,36% mensais nos imóveis de dois quartos, para 0,29% no caso dos de três quartos e para 0,24% nos de quatro dormitórios. “Imóveis mais caros normalmente têm retorno percentual mais limitado, dado seu valor elevado”, ressalta o levantamento do QuintoAndar.

Ao decidir investir em imóveis, Osse recomenda antes pesquisar. “Vale o investidor olhar o que realmente pretende com o investimento e o valor que tem disponível. Ele não deve se prender a bairros nobres que aparentam oferecer um ganho maior, em detrimento de outros que não conhece, mas que podem render mais, especialmente se tiver caixa restrito”.

Mariana Segala

Editora-executiva do InfoMoney