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Investidores no mundo inteiro precisam lidar com a volatilidade. Uma hora a bolsa sobe, outra hora a bolsa cai.
Mas existem algumas bolsas resilientes. Que não caem nunca.
São as bolsas de luxo. O preço delas se mantém em uma escalada constante.
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A Hermès Togo Birkin Bag, de 35cm, por exemplo, teve um crescimento de preço em torno de 5% ao ano nos últimos 35 anos. Isso representa um retorno melhor que o índice S&P 500, com as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, e que o ouro.
Essa bolsa é particularmente famosa no mundo da moda. Criado para a cantora francesa Jane Birkin, em 1984, o modelo, feito à mão por artesãos que levam até 30 horas para concluir um único acessório, é visto como muito mais que um objeto para carregar outros objetos.
Em 2018, por exemplo, uma bolsa Birkin feita com couro de crocodilo e detalhes em ouro e diamantes foi vendida por mais de US$ 400 mil (o equivalente a mais de R$ 2 milhões) – o preço mais alto pago por uma bolsa do tipo, segundo a Sotheby´s, casa de leilão de itens de luxo.
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Parte da aura de exclusividade das bolsas da Hermès vem da escassez e do alto custo de seus produtos. O que, no final das contas, acaba transformando bolsas em…ativos.
Usar o verbo “investir” para tratar da compra de uma bolsa de luxo, portanto, não estaria errado. “Comprar uma bolsa como essas é como investir em um ativo com poder de valorização monetária. É como uma joia, que passa pela Lei da Oferta e da Demanda. As marcas de luxo controlam a oferta para que esteja sempre abaixo da demanda”, diz Martin Gutierrez, head da consultoria de luxo MCF.
Esse controle é feito, inclusive, com queima de estoque. Não é queima figurada, é queima mesmo, literal. Os itens que não são vendidos são incinerados para que não entrem em liquidação.
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Dessa forma, o preço das bolsas está sempre em ascensão.
A francesa Chanel, buscando aumentar sua percepção como item de luxo, está correndo atrás do prejuízo aumentando os preços de suas bolsas em uma velocidade ainda maior que a Hermès.
De 2019 até o final de 2021, por exemplo, o preço da bolsa média clássica da Chanel cresceu 60%.
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Confira a valorização de duas bolsas icônicas (a Birkin, da Hermès, e a Clássica, da Chanel) no nosso GRÁFICO DA SEMANA.
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Este conteúdo foi publicado, originalmente, no dia 17 de fevereiro de 2022, e faz parte da newsletter IMpulso, um resumo semanal de tudo que importa para o seu bolso. Inscreva-se grátis para receber o conteúdo todas as quintas-feiras, pela manhã, em primeira mão.
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