10 milhões de brasileiros ainda não sabem que têm dinheiro esquecido em contas, aponta Banco Central

Autoridade monetária estima que, aproximadamente, 28 milhões de CPFs e CNPJs tenham quantias a serem sacadas

Estadão Conteúdo

Notas de Real (Marcelo Casal Jr / Agencia Brasil)

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De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, cerca de 10,3 milhões de pessoas — físicas e jurídicas — que possuem “dinheiro esquecido” em contas bancárias ainda não realizaram consulta do saldo por meio do novo serviço da autarquia, o Sistema de Valores a Receber (SVR).

O BC estima que, aproximadamente, 28 milhões de CPFs e CNPJs tenham quantias a serem sacadas.

Porém, até as 18 horas desta quarta-feira (16) apenas 17,7 milhões — pessoais físicas e pessoas jurídicas que possuem algum valor a ser retirado haviam feito a consulta.

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No total, quase 87 milhões de acessos foram realizados até o período, sendo que 69,2 milhões — entre pessoas (67,78 milhões) e empresas (1,44 milhões) — não têm recursos a receber.

Saiba como fazer as consultas

Entre na página exclusiva do SVR: valoresareceber.bcb.gov.br. Em seguida, informe o seu CPF, caso seja uma pessoa física; ou CNPJ, para a consulta de valores relacionados a empresas.

Caso você tenha algum valor a receber, no momento da consulta, receberá uma data e uma faixa de horário para solicitar o resgate do saldo existente. Anote esta data.

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Na data informada, retorne ao site do SVR (valoresareceber.bcb.gov.br). Use seu login gov.br. Ele é uma identificação que comprova nos meios digitais do governo federal que você é você.

Se você ainda não tiver o login gov.br, faça seu cadastro gratuito no site ou pelo App Gov.br (Google Play ou App Store). Você vai precisar de um cadastro nível “prata” ou “ouro” para consultar e solicitar os recursos na data e período agendados ou na repescagem.

O login nível “prata’ ou “ouro” exige maior grau de segurança, o que garante acesso a serviços sensíveis, como os disponibilizados por bancos.

Após o acesso, consulte o valor e solicite a transferência. De acordo com o BC, os valores “esquecidos” serão devolvidos a partir de 7 de março.

A devolução será feita, preferencialmente, via Pix, o sistema de transações instantâneas. Caso o pedido de resgate seja feito sem a chave Pix, a instituição financeira escolhida entrará em contato com o solicitante para realizar a transferência.

Mas fique atento: a instituição responsável por fazer a devolução do dinheiro não pode pedir dados pessoais do usuário e nem a senha.

Datas para consultas e resgates dos valores

A divisão de agendamentos se dará de acordo com o ano de nascimento — para pessoas físicas; ou de criação da empresa — para pessoas jurídicas.

Para datas de nascimento ou criação de empresas antes de 1968, o período de agendamento de consulta e resgate será entre 7 e 11 de março, com repescagem no dia 12.

Para quem nasceu ou criou a empresa entre 1968 e 1983, o intervalo é de 14 a 18 de março, com repescagem no dia 19.

Já para pessoas nascidas ou empresas criadas após 1983, o agendamento ficará entre 21 e 25 de março, com repescagem no dia 26. Usuários que perderem a data do agendamento original e a repescagem poderão consultar ou solicitar o resgate do saldo existente a partir de 28 de março.

“Mesmo se você não consultar ou solicitar o resgate do saldo existente em todas essas datas, não se preocupe, pois isso não afeta seu direito sobre os recursos a devolver. Eles são seus e continuarão guardados pelas instituições financeiras o tempo que for necessário, esperando até que você solicite o resgate”, informou o BC, em nota.