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Em novo relatório, a XP Investimentos mantém predileção pela Cury (CURY3), mas apresenta cenário positivo para as construtoras do segmento de baixa renda, com opções diversas para os investidores.
“Nós vemos três histórias distintas na nossa cobertura do segmento de baixa renda: Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) são histórias de retorno de capital; Tenda e Plano & Plano (PLPL3) ainda têm crescimento para entregar; enquanto MRV (MRVE3) está focada em melhorar a eficiência”, afirma.
A Cury (CURY3) teve seu preço-alvo elevado a R$ 49,00 para o final de 2026, antes os R$ 34,60 da última avaliação. O destaque da companhia é uma resposta ao histórico de crescimento empresa, com um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta, na sigla em inglês) esperado de lançamentos de 41% entre 2020-2025, com geração de caixa e retorno aos acionistas.
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A expectativa da XP é que o pagamento de dividendos cresça no futuro, podendo chegar a 17% de rendimento de dividendos em 2028.
Conforme os analistas, Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) possuem teses de retorno de capital imediato, com grandes chances de se tornarem grandes pagadoras de dividendos (12,5% e 10,4% de dividend yield em 2027 para Cury e Direcional, respectivamente). Para o final de 2026, o preço-alvo também foi elevado, de R$ 16,56 para R$ 23,00.
Mas o cenário é promissor para todas as companhias acompanhadas. De acordo com os analistas, à medida que o ano eleitoral se conforme e o cenário macroeconômico se torne mais claro, há potencial de valorização para Plano, Tenda e MRV (MRVE3).
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O relatório aposta em um crescimento mais forte de receita da Tenda e Plano (CAGR de 23% entre 2025-2028 para PLPL3 e 17% para TEND3), com expectativa de que elas comecem a devolver mais capital aos acionistas em 2-3 anos. Ambas as companhias também tiveram seu preço-alvo atualizado.
O preço-alvo para a Tenda (TEND3) foi elevado para R$ 40,00 para o final de 2026. Anteriormente, o valor era de R$ 23,78. Segundo os analistas, a mudança reflete os esforços da companhia para ampliar as margens, com expectativa para oferecer mais apartamentos nas três faixas do programa Minha Casa Minha Vida.
Para a Plano & Plano (PLPL3), a XP espera que a companhia entre em uma fase de expansão de margens brutas, com crescimento consistente pelos próximos três anos. O preço-alvo foi atualizado para R$ 26,00, de R$ 15,67 do relatório anterior.
Panorama positivo para setor
De acordo com os analistas, as condições para o setor de construção no segmento de baixa renda ainda são favoráveis, com destaque para os investimentos para a construção de casas. O orçamento habitacional do FGTS continua elevado para os próximos anos, com a expectativa de alcançar R$ 144 bilhões em 2026.
O crescimento no custo da construção civil é apontado como principal risco para os setor, mas o mercado tem se preparado para lidar com ele. “Quando perguntamos às empresas sobre a inflação nos orçamentos de construção, muitas indicam que esse custo já está incorporado em seus planos de negócios, mas permanecemos atentos a como as condições macroeconômicas brasileiras, especialmente em um ano eleitoral, irão se traduzir em inflação daqui para frente”, aponta a equipe de análise.
“Nós vemos a demanda mantendo a relevância, competição frágil e companhias seguindo em um momentum positivo, o que, no momento, apoia a avaliação positiva para a cobertura das construtoras do segmento de baixa renda”, explica.
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