Wells Fargo tem lucro pressionado por empréstimos imobiliários; Citigroup surpreende com negócio de corretagem

Os dois bancos também sentiram o impacto do aumento de reservas para cobrir empréstimos inadimplentes

Equipe InfoMoney

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A temporada de balanços dos bancos nos Estados Unidos entrou em seu segundo dia. Depois dos números mais fracos que o esperado de JP Morgan e Morgan Stanley, divulgados ontem (14), os resultados desta sexta-feira vieram mistos. Enquanto o Wells Fargo decepcionou, com um lucro que caiu quase pela metade, o Citigroup superou expectativas de receita e de lucro – ainda que também tenha lucrado menos do que no ano passado.

Às 10h52 (horário de Brasília), as ações de ambos os bancos subiam em Nova York: Wells Fargo tinha valorização de 3,75% e Citigroup subia 5,1%.

Assim como o JP Morgan, o Wells Fargo, considerado o quarto maior credor dos EUA, teve seu resultado prejudicado por um aumento nas provisões para empréstimos inadimplentes, para US$ 580 milhões. Por outro lado, os empréstimos para habitação do banco sentiram o impacto da alta de juros e caíram 53%. Os executivos do banco afirmam que pretendem reduzir o negócio de hipotecas.

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Para completar, o banco informou que seus investimentos, incluindo private equityventure capital tiveram perdas de US$ 615 milhões no período.

Na linha final do balanço, o Wells Fargo apresentou lucro de US$ 3,1 bilhões, o equivalente a US$ 0,74 por ação (a FactSet projetava lucro por ação de US$ 0,80). Foi uma queda de 48,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. À época, o Wells Fargo apresentou lucro de US$ 6 bilhões.  A receita total do banco no segundo trimestre foi de US$ 17,03 bilhões, ante US$ 20,3 bilhões registrados um ano antes.

O Citigroup também apresentou uma queda de lucro no segundo trimestre, que somou US$ 4,5 bilhões no período (27% menos que um ano antes). O aumento de reservas para potenciais perdas com empréstimos também impactaram o balanço, assim como um redução no volume de transações do negócio de banco de investimento. Porém, o resultado, de lucro de US$ 2,19 por ação, veio acima do esperado e o mercado reagiu bem à divulgação.

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No segundo trimestre, o Citi adicionou US$ 375 milhões às provisões para perdas com créditos duvidosos, com crescente temores de recessão econômica nos EUA. Essa preocupação ganhou força recentemente, com o início do ciclo de aperto monetário no país pelo Federal Reserve. O movimento teve impacto direto também no negócio de banco de investimentos, cujas receitas reduziram em 46% para US$ 805 milhões. Reflexo da falta de ofertas de ações e dívidas, assim como de fusões e aquisições.

Já os resultados com corretagem do banco apresentaram um crescimento de 25% na receita, para US$ 5,3 bilhões. A volatilidade no preço de ativos como títulos de renda fixa, commodities e câmbio impulsionaram o segmento. Com o aumento da inflação, tensões geopolíticas e o medo de uma alta de juros nos Estados Unidos, os clientes do banco precisaram rebalancear suas carteiras.

(com Reuters)

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