Vivara: a troca de CEO que levantou risco de governança e fez VIVA3 desabar 14%

Varejista anunciou troca de comando na última sexta-feira (15)

Felipe Moreira

(divulgação)

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O Conselho de Administração da Vivara (VIVA3) aprovou na última sexta-feira (15) a eleição de Nelson Kaufman, fundador e maior acionista da companhia, como novo Diretor Presidente, em vista a renúncia apresentada por Paulo Kruglensky. Kaufman reasume o posto cerca de 13 anos após deixar o cargo.

De acordo com as notícias divulgadas durante o fim de semana, Kaufman retornou à Vivara com o objetivo de internacionalizar a marca, e sua nomeação criou conflitos dentro do conselho da empresa e não foi unânime. Com isso, o início da sessão foi de queda para os papéis VIVA3, que se intensificou durante a sessão, com o papel fechando em baixa de 14,03%, a R$ 26,41.

O JPMorgan apontou, em relatório antes da abertura do pregão, que a mudança inesperada na direção executiva provavelmente resultaria em uma reação negativa no preço das ações na sessão de negociação desta segunda, pois a empresa tem sido uma das varejistas listadas de melhor desempenho sob a liderança de Kruglensky, o que destaca potenciais conflitos adicionais dentro de seu grupo controlador e levanta questões sobre governança corporativa.

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Neste contexto, o banco americano avalia que a mudança na liderança sugere um possível deslocamento do foco da empresa para a internacionalização, enquanto a expansão da bandeira Life e as estratégias omnichannel, recentemente em foco, têm gerado resultados positivos significativos, com as tendências de crescimento da Vivara se desvinculando dos concorrentes. Com isso, é relevante observar que a maioria dos varejistas brasileiros, incluindo os de alto padrão, historicamente enfrentou dificuldades para replicar com sucesso os retornos obtidos no Brasil em outros países.

Segundo analistas, a Vivara negocia a 14 vezes e 11 vezes Preço/Lucro para 2024 e 2025, respectivamente. O JPMorgan reiterou classificação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 39, mas disse aguardar “uma melhor visibilidade sobre as possíveis mudanças de estratégia”.