Vittia (VITT3) tem lucro líquido de R$ 12,6 milhões no 1º trimestre, queda anual de 19,4%

Demanda por insumos foi impactada por tendência de queda nos preços internacionais e chuvas durante o plantio da safra

Mitchel Diniz

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A Vittia (VITT3), fabricante de insumos e defensivos especiais e biológicos, registrou lucro líquido de R$ 12,6 milhões no primeiro trimestre de 2023. A cifra é 19,4% menor que a registrada no mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 25,4 milhões, com uma queda de 3,3% na mesma base de comparação.

A margem Ebtida ajustada, por sua vez, atingiu 17,1%, com alta de 0,3 ponto percentual.

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A receita líquida da Vittia nos três primeiros meses do ano recuaram 5%, na comparação anual, para R$ 148,6 milhões.

A companhia explica que houve uma queda de 58,9% no segmento de organominerais, compensada, por outro lado, por um crescimento de 43,1% na parte de produtos biológicos. Este segmento agora representa 31,7% da receita líquida da companhia – um crescimento de 10,6 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano passado;

Alexandre Del Nero Frizzo, CFO e diretor de relações com investidores da Vittia, explica que os produtores se mostraram mais conservadores em relação à aquisição de insumos, principalmente em função da queda dos preços das commodities. Segundo ele, a tendência de baixa no valor da matéria-prima incentiva o produtor a postergar compras, para ser beneficiado por preços menores.

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O excesso de chuva no final do ano passado também reduziu investimentos na safra de milho safrinha, adiando o plantio para uma janela maior de risco.

Os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da companhia foram de R$ 7,1 milhões, uma alta de 56,8% comparado ao primeiro trimestre de 2022.

“Temos percebido que o cenário é adverso no curto prazo”, complementa Frizzo.

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“Mas, com as condições climáticas propícias e os preços agrícolas nos mercados internacionais e de insumos mantidos em patamares adequados, as perspectivas são favoráveis e o produtor tende a alcançar uma boa rentabilidade no fechamento dessa próxima safra versão”.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados