O gráfico que resume a temporada do 1T24 no Ibovespa – com boa notícia para o mercado

Ebitda das companhias que compõem o Ibovespa subiu 11,7% anualmente no período, surpreendendo positivamente o mercado

Equipe InfoMoney

A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) na Bolsa brasileira chegou praticamente ao fim nesta semana com boas notícias, apesar do macro desafiador, conforme destacado pela XP Investimentos.

De uma forma consolidada, o 1T24 representou um crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês, ou lucros operacionais) de 11,7% na comparação anual.

Confira abaixo o gráfico mostrando o crescimento do Ebitda no 1T24:

Foto: XP Investimentos

“Apesar do cenário global ter se tornado mais adverso ao longo dos últimos meses, os resultados dessa primeira safra de 2024 surpreenderam”, avaliam Fernando Ferreira, Jennie Li e Júlia Aquino, que assinam o relatório da XP, destacando que os números foram melhores do que o esperado.

Os especialistas ressaltam que as últimas temporadas têm refletido um micro desafiador: desde o primeiro trimestre de 2023, o Ibovespa tem reportado um declínio consistente do Ebitda, uma das principais métricas de se medir o desempenho financeiro de uma empresa.

Lá fora, a narrativa de “pouso suave” deu lugar, novamente, ao cenário de juros altos por mais tempo, além de tensões geopolíticas seguirem elevadas, apontam os especialistas. Por aqui, o mercado tem sido pressionado por ruídos políticos e incertezas quanto à política fiscal, com mudança de meta de resultado primário, além do Copom ter sinalizado uma mensagem mais dura recentemente (com projeção de menores cortes de juros à frente).

Porém, mesmo em meio a esse macro ainda desafiador, o micro das empresas brasileiras mostrou sinais de melhora. “Olhando para frente, o mercado projeta uma continuidade na recuperação dos lucros, com o consenso indicando um crescimento do Ebitda de 15% e 25% no 2T24 e 3T24, respectivamente. Porém, as incertezas macro, principalmente em relação à trajetória de juros, continuam, e seus impactos devem continuar a ser monitorados”, avaliam Ferreira, Jennie e Júlia.