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RIO DE JANEIRO – Pontos que chamaram atenção nos resultados da Vale (VALE3) no quarto trimestre e animaram os investidores no pregão desta quinta-feira (19), a distribuição de dividendos extraordinários e o programa de recompra de ações estão diretamente ligados aos limites de dívida líquida da companhia e vão ser calibrados de acordo com a performance desse indicador junto ao fluxo de caixa.
Marcelo Bacci, em sua primeira coletiva de imprensa sobre resultados como CFO da Vale, na sede da empresa, na capital fluminense, explicou que a mineradora tem a meta de manter a dívida líquida expandida entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões. Hoje, essa cifra está em R$ 16,5 bilhões, com a perspectiva de se manter nesse patamar.
“Temos uma perspectiva muito favorável de ficar dentro desse limite hoje, mas temos um fator que não controlamos, que é o preço do minério de ferro”, disse Bacci. “É essa métrica[a dívida líquida expandida] que determina recompra e pagamento de dividendo acima do mínimo”, complementou.
O executivo diz que o programa de recompra de 120 milhões de ações em 18 meses foi feito para “garantir que a gente opere nesse programa, a depender do que acontece com nossa geração de fluxo de caixa”.
“Iremos continuar monitorando isso e, se houver oportunidades, vamos começar a operar o programa de recompras”, complementou.
Marcelo Bacci disse ainda que a empresa vai continuar com a mesma política de retorno de caixa para os acionistas. Ele acredita que mesmo com dividendos adicionais, a dívida líquida expandida da mineradora vai se manter em níveis similares aos atuais, dado o fato de que houve uma redução da previsão de capex (investimentos) para este ano.