Vale altera valor de dividendo a ser pago em junho para R$ 2,189 por ação, Marfrig compra terreno no Paraguai e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (24)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Além da aprovação na noite da véspera da Medida Provisória (MP) que aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos de 20% para 25% até o final do ano, os investidores também repercutem o noticiário sobre Vale, que alterou o valor a ser pago por ação em dividendos anunciados na quinta-feira da semana passada (17).

Já a Marfrig Global Foods afirmou em nota na quarta que comprou um terreno para a construção de uma unidade frigorífica na cidade Yby Yaú, no Departamento de Concepción, no Paraguai, marcando a entrada da companhia em mais um país da América do Sul. Confira os destaques:

Vale (VALE3)

A Vale comunicou que alterou o valor a ser pago por ação em dividendos anunciados na quinta-feira da semana passada (17).  A mineradora tinha anunciado um dividendo de cerca de R$ 2,177096137 por ação e, após a modificação, o valor  definido ficou em R$ 2,189670064. Segundo a empresa, a alteração foi necessária uma vez que a recompra de ações da companhia diminuiu o número de ativos em circulação.

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A partir desta quinta as ações da Vale negociarão “ex-dividendos”, significando que quem comprar os papéis desse dia em diante não terá direito a receber os proventos. O pagamento ocorrerá no dia 30 de junho para os investidores nacionais e de 8 de julho para quem for dono dos ADRs.

Bancos e indústria química

Em destaque, a Câmara dos Deputados aprovou na noite da véspera a Medida Provisória (MP) que aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos de 20% para 25% até o final do ano. As demais instituições financeiras (como corretoras de câmbio, empresas de seguro, cooperativas de crédito, administradoras de cartão de crédito) pagarão 20% (hoje são 15%) até o final de 2021 e em 2022 voltam para os 15%. Já o fim dos incentivos tributários para a indústria química e petroquímica será de quatro anos. O texto vai para sanção presidencial.

Fleury (FLRY3)

A Fleury informou que segue trabalhando para resolver o ataque cibernético do qual foi vítima nesta semana e que vem recebendo o auxílio da Quality Assurance.

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“Ressaltamos que nossa base de dados está íntegra e que o atendimento em todas as unidades de atendimento da companhia segue acontecendo por meio de soluções de contingência para garantir a prestação de serviços aos nossos clientes, que seguem recebendo nosso foco de atenção”, destacou a empresa.

Ambev (ABEV3)

O Morgan Stanley reduziu o preço-alvo para as ações da Ambev de R$ 14 para R$ 13,80, mantendo recomendação underweight (exposição abaixo da média), destacando que as ações já subiram 25% desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

O banco reduziu em cerca de 9% a sua previsão para 2022 e 2023 em média, 9% abaixo da previsão do mercado.
Para os analistas, a expectativa é de que o ritmo de receita e faturamento bruto seja mantido, devido a fatores temporários que tiveram impacto favorável sobre a companhia: alta demanda da cerveja, que o banco avalia que não seja sustentável; pressão sobre a oferta da Heineken, que o banco aponta como atenuada devido a nova capacidade de produção. O banco avalia que o faturamento bruto deve desacelerar no quarto trimestre de 2021 e em 2022, e que as margens podem ser estruturalmente mais baixas.

A expectativa é por um panorama mais competitivo em 2022, dada a expectativa de que a concorrência aumente sua capacidade em, potencialmente, 20%. Espera-se que o faturamento da Ambev se mantenha em 2022, e que a demanda por cerveja desacelere após a reabertura da econômica, avaliando que a receita com o auxílio emergencial da pandemia representou um impulso à demanda maior do que o creditado a ele. A poupança dos investidores ainda estão 17% abaixo dos níveis anteriores à pandemia. A projeção é de que a menor renda disponível no segundo semestre de 2021 e em 2022, com maior inflação dos alimentos, de 6% segundo suas estimativas, e maiores gastos com serviços reduzam, potencialmente, o consumo de bebidas. O banco espera margens menores por um período maior, especialmente em 2022.

Iguatemi (IGTA3)

A Iguatemi vai emitir R$ 500 milhões em debêntures. A empresa afirmou que vai usar o capital para reforçar o capital de giro e para alongar as dívidas.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig Global Foods afirmou em nota na quarta que comprou um terreno para a construção de uma unidade frigorífica na cidade Yby Yaú, no Departamento de Concepción, no Paraguai, marcando a entrada da companhia em mais um país da América do Sul. A intenção de construir uma unidade no país sul-americano já havia sido mencionada pela empresa, principalmente após a realização de uma parceria com a Associação Paraguaia de Produtores e Exportadores de Carne, anunciada em 2020. Na época, a Marfrig disse que os investimentos no projeto poderiam chegar a US$ 100 milhões.

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour, dono do Carrefour Brasil, afirmou na quarta que começou uma “reflexão” sobre o tamanho de suas subsidiárias internacionais, mas negou que tenha decidido vender ativos. Uma porta-voz do Carrefour fez o comentário depois que a revista semanal francesa Challenges publicou que o Carrefour está planejando vender subsidiárias na Polônia e em Taiwan e que concedeu mandato à KPMG para auditá-las.

Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3)

O Itaú BBA realizou um encontro on-line com Carlos Loureiro, presidente do Inda (Instituto Nacional de Distribuidores de Aço). Ele falou sobre a perspectiva de volumes e preços de aço em alta, que considera uma notícia já antiga. Mas o Itaú afirma que o encontro confirmou que novas altas parecem menos prováveis, dado que estoques estão mais equilibrados, e as importações estão subindo. O banco diz que a produção está próximo ao limite da capacidade no Brasil, e deve continuar alta se produtores decidirem elevar as exportações nos próximos meses, algo menos provável devido à recomposição dos estoques, à valorização do real e a preços mais estáveis. O consumo aparente de aço deve crescer 15% em 2021, diz o Itaú BBA.

O banco mantém avaliação outperform para Gerdau, Usiminas e CSN. Para a Gerdau, indica preço-alvo para 2021 de R$ 45, frente à cotação de R$ 29,79 dos papéis GGBR4; para a Usiminas, de R$ 28, frente à cotação de R$ 18,62 dos papéis USIM5; para a CSN, de R$ 61, frente à cotação de R$ 43,17 dos papéis CSNA3.

Duratex (DTEX3)

O Credit Suisse atualizou seu modelo para a Duratex, incorporando os resultados do primeiro trimestre de 2021 e contabilizando maiores remessas da divisão Deca da empresa, que o banco espera que cresça 13% em 2021 na comparação anual, frente à estimativa anterior, de 3%. O banco também incorporou aumentos de preço anunciados no segundo trimestre e a nova previsão para a cotação média do dólar em relação ao real, de R$ 5,2 para 2021, frente à estimativa anterior de R$ 5,5, além de pressões de custos com a alta das commodities.

Assim, o banco elevou de R$ 25 para R$ 27 o preço-alvo da empresa, mantendo recomendação outperform e apontando  que a empresa deve ser uma beneficiária central de um possível ciclo de crescimento de vários anos da construção no Brasil. O banco diz que a relação entre dívida líquida e lucro Ebitda está atualmente em 1,2 vez, e deve cair para 0,8 vez em 2021, segundo sua estimativa. Isso pode abrir espaço para a distribuição maior de dividendos ou crescimento por meio de fusões e aquisições.

O banco espera que a Duratex registre um Ebitda de R$ 2,1 bilhões em 2021, alta de 63% em relação ao ano anterior, e que as margens fiquem em 27%, frente a 22% em 2020.

Rede D’Or (RDOR3)

XP e Credit Suisse revisaram suas estimativas para a Rede D’Or. O Credit Suisse reduziu o preço-alvo de R$ 78 para R$ 76, mas mantendo recomendação outperform.

Os analistas do banco suíço incorporaram as novas premissas de expansão no modelo, que se basearam principalmente na estratégia reforçada de expansão orgânica e inorgânica que consequentemente devem impactar margens, capex e início das operações das unidades.

Já a XP retomou a cobertura de Rede D’Or após seu recente aumento de capital, com recomendação de compra e preço alvo de R$ 88 por ação (o anterior era de R$ 85).

“Atualizamos nossos números com os resultados mais recentes da empresa e um novo cenário macro – com o maior impacto no lucro devido às estimativas de taxas de juros mais altas. É importante ressaltar que a empresa aumentou seu plano de expansão para novos leitos – organicamente; e tem sido bastante ativa na área de fusões e aquisições. Em nossa opinião, o aumento de capital logo após seu IPO indica uma agenda de fusões e aquisições mais forte. Portanto, continuamos otimistas com a história de forte crescimento da Rede D’Or e estimamos um crescimento médio anual do lucro líquido de 81% entre 2020-2023”, avaliam os analistas.

Copasa (CSMG3)

O Morgan Stanley atualizou a sua avaliação para a Copasa, citando os resultados do primeiro trimestre e a guidance para despesas de capital, aliada à revisão tarifária preliminar divulgada pelo órgão regulador sanitário em Minas Gerais. O banco elevou o Ebitda de curto prazo em 8% em média, principalmente por uma base regulatória acima do esperado. Para o período após 2023, o banco manteve as previsões relativamente inalteradas.

A avaliação é overweight (exposição acima da média do mercado), e o preço-alvo para 2021 ficou inalterado em R$ 21, frente à cotação de R$ 16,49 de fechamento da véspera. O custo ponderado do capital (WACC na sigla em inglês) em reais foi elevado pelo Morgan Stanley de 10,11% para 10,44%.

3R Petroleum (RRRP3)

O Morgan Stanley comentou a potencial compra do campo de Papa-Terra pela 3R Petroleum, cuja cobertura iniciou na semana passada. O Morgan Stanley ressalta que a Petrobras iniciou a produção no final de 2013, mas ela ficou abaixo da expectativa, mesmo com investimento de US$ 3,5 bilhões. A produção foi de 15 mil barris de petróleo (bbl) por dia, frente à capacidade instalada de 140 mil bbl por dia.

O banco diz que espera que a potencial compra seja por um valor baixo, mas ressalta que a 3R ainda está no início de sua trajetória como operadora, e campos de águas profundas oferecem um risco maior. No momento, o Morgan Stanley diz avaliar que uma perspectiva neutra deve ser precificada para o projeto. A recomendação do Morgan para a 3R é overweight (exposição acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 58, o que configura uma alta de 21,6% frente o último fechamento.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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