Tyson vence batalha com JBS, contrato sem licitação da Petrobras, BB e mais 8 no radar

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Tyson Foods levou a melhor na compra da Hillshire; segundo a Folha, Petrobras fechou sem licitação um contrato de R$ 649 milhões para realização de obra

Lara Rizério

Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos. 28 de novembro de 2007. REUTERS/Bruno Domingos

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SÃO PAULO – Depois de uma sexta-feira bastante agitada no mercado financeiro após a pesquisa Datafolha para a corrida presidencial, as estatais seguem no radar do mercado. Em destaque, está a notícia de que a Petrobras (PETR3;PETR4) fechou, sem licitação, um contrato de R$ 649 milhões para a realização de uma obra na refinaria de Abreu e Lima, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo. 

A dispensa de concorrência, em 2009, foi considerada irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Os documentos, aponta o jornal, mostram que o contrato foi fechado após o cancelamento de uma licitação aberta para instalar dutos para o transporte de líquidos dentro da refinaria.

Quando a licitação dos dutos foi aberta, em meados de 2008, 18 empresas foram convidadas. Porém, apenas quatro apresentaram propostas, todas acima do teto definido pela Petrobras para o contrato, de R$ 657 milhões. Por isso, foram descartadas.

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Os funcionários descobriram erros na estimativa para definir o valor do contrato e concluíram que o teto deveria ter sido de R$ 672 milhões, o que beneficiou duas empresas que haviam participado da licitação como um consórcio. Os funcionários da Petrobras decidiram então negociar diretamente com as duas empresas, a Conduto e a Egesa, condições mais vantajosas, chegando ao preço final de R$ 649 milhões.

Além disso, o jornal Valor Econômico destacou em sua publicação que a Petrobras decidiu reduzir um contrato internacional de serviços assinado com a Odebrecht, o que adiou os compromissos que a estatal assumiu com o governo do Paraguai. 

Em julho de 2011, a Odebrecht firmou um compromisso com o Ministério do Meio Ambiente do Paraguai, a partir do contrato fechado com a petrolífera. A Petrobras é dona de 170 postos no país, com 20% do mercado de distribuição; contudo, boa parte desta estrutura deveria ser totalmente reformada, o que não ocorreu. 

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Conselho da Anhanguera aprova incorporação de ações pela Kroton
O Conselho de Administração da Anhanguera Educacional (AEDU3) aprovou, em reunião realizada na última sexta-feira, a incorporação das ações da empresa pela Kroton (KROT3), tornando-se assim uma subsidiária integral da segunda empresa, de acordo com ata de reunião.

A decisão ocorre após o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovar em maio, com restrições, a fusão entre as duas empresas, que criará a maior empresa de ensino privado do país e uma das maiores do mundo, com cerca de 1,1 milhão de alunos.

Tyson vence queda de braço com JBS, diz fonte
A Tyson Foods Inc venceu a disputa com a Pilgrim’s Pride Copr pela Hillshire Brands Co, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto ouvida pela Reuters

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A Tyson deve pagar US$ 63 por ação em dinheiro pela Hillshire, avaliando a empresa em mais de US$ 7,7 bilhões, noticiou na noite de domingo o New York Times, citando uma pessoa informada sobre o assunto.

O valor da oferta não pôde ser imediatamente confirmado pela Reuters. A Pilgrim’s Pride, que é controlada pela brasileira JBS (JBSS3), tinha oferecido US$ 55 por ação pela Hillshire, o que avaliava a companhia em US$ 7,7 bilhões de dólares, incluindo dívidas.

Anteriormente, a Tyson tinha oferecido US$ 50 por ação, avaliando a empresa em US$ 6,8 bilhões, incluindo um montante de US$ 500 milhões em dívidas.

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GP Investments vende Sascar para Michelin
A GP Investments (GPIV33) anunciou a venda da totalidade das ações que detém na Sascar Participações para o Grupo Michelin. A empresa negociará os 46% de participação que possui na Sascar por US$ 260 milhões, informou, em comunicado.

Por meio do fundo GP Capital Partners V, a GP Investments comprou a participação na Sascar em março de 2011. Segundo o comunicado, o fundo irá gerar um retorno de 2,6 vezes o capital investido.

“O valor da transação está sujeito a eventuais ajustes conforme estabelecidos nos contratos definitivos”, escreveu. A transação depende da aprovação do Cade.

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A Sascar é a líder brasileira no setor de gestão de frotas e rastreamento de cargas, diz o comunicado. O valor da firma foi definido em R$ 1,6 bilhão e o Itaú BBA e o Barclays assessoram o processo de venda.

A compradora será para a Compagnie Financiere du Groupe Michelin “Senard et Cie”, que é uma sociedade que detém todas as empresas comerciais, industriais e de pesquisa do Grupo Michelin fora da França.

Além da participação da GP Investments, a Michelin disse, em comunicado, que pretende comprar todas as ações da Sascar, que tem um preço de compra de R$ 1,353 bilhão (440 milhões de euros), além de R$ 247 milhões em dívida (80 milhões de euros).

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Lupatech: juízo homologa plano de recuperação extrajudicial
A Lupatech (LUPA3) informou em comunicado ao mercado na última sexta-feira que o plano de recuperação extrajudicial apresentado aos titulares de Bônus Perpétuos (plano de recuperação extrajudicial) foi homologado pelo juízo da 2ª vara judicial da Comarca de Nova Odessa, estado de São Paulo, onde está situada a sede da companhia.

“A homologação judicial do plano de recuperação extrajudicial representa mais uma importante etapa do processo de reestruturação do endividamento e estrutura de capital da companhia”, informou a Lupatech.

Para atender os requisitos legais necessários para a eficácia e validade do plano de recuperação extrajudicial, a companhia aguarda, ainda, a manifestação da corte competente da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, referente ao requerimento para reconhecimento da validade do plano de recuperação xtrajudicial na jurisdição norte-americana, nos termos do capítulo 15 do título 11 do código norte-americano. 

Banco do Brasil aprova novo programa de recompra de ações 
Banco do Brasil (BBAS3) informou ao mercado que seu conselho de administração aprovou um novo programa de recompra de ações com duração máxima de 365 dias e até 50 milhões de papéis adquiridos – o equivalente a 6,03% das ações em free float da companhia.

Entre os objetivos apontados para tal medida, o Banco do Brasil destaca a geração de valor para seus acionistas. Vale lembrar que um programa de recompra de ações acaba sendo visto com bons olhos pelo mercado. O fato de a própria empresa indicar que irá comprar ações no mercado à vista é um ótimo sinal de que estes papéis estão a um preço atrativo, já que em tese ele é quem mais entende do “case” da companhia.

A medida chama ainda mais atenção se for levado em conta o desempenho das ações BBAS3 nos últimos dias. Com a alta de 5,31% registrados nesta sexta, os papéis do BB acumularam ganhos de 7,16% na semana, ocupando a 5ª posição das maiores altas dentro do Ibovespa no período. Segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite desta sexta-feira, também foi aprovado pelo conselho do banco o encerramento de um programa de recompra iniciado em 14 de junho do ano passado.

Santander fará assembleia sobre OPA
Já o Santander (SANB11) fará nesta manhã, às 10h (horário de Brasília) uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para escolher o banco para a realização da OPA (Oferta Pública de Aquisição). 

No final de abril, o banco anunciou que faria a oferta de aquisição, para comprar os 25% que ainda não controla de sua filial brasileira, Banco Santander Brasil, pelo equivalente em ações a até 4,7 bilhões de euros. A oferta, voluntária, não está condicionada a um nível mínimo de aceitação pelos acionistas minoritários. 

Brookfield aprova adiamento para aumentar capital
O Conselho de Administração da Brookfield Incorporações (BISA3) aprovou a proposta de acordo com sua controladora Brookfield Brasil Participações para instrumento de adiantamento para futuro aumento de capital, de 500 milhões de reais, de acordo com ata de reunião realizada nesta sexta-feira. O montante será transferido até 10 de junho, de acordo com o documento.

Suzano aprova resgate antecipado de debêntures
A Suzano Papel e Celulose (SUZB5) informou que realizará o resgate antecipado das debêntures da segunda série da terceira emissão, no valor nominal atualizado, acrescido de um prêmio, de 164 milhões de reais.

A operação está em linha com o foco da companhia de gestão de endividamento e redução do custo da dívida, informou a Suzano, em comunicado.

Rossi faz reorganização societária
A Rossi (RSID3) comunicou uma reorganização de sua estrutura societária. A Roplano Participações, que tinha como controladores João Rossi Cuppoloni – presidente e fundador da Rossi – e de Edmundo Rossi Cuppoloni, e que detinha 1.544.665 ações da companhia não terá mais nenhum papel RSID3, enquanto a Lândia passa a deter 1.046.335 papéis da companhia.

Segundo comunicado, “a reorganização societária envolvendo a Roplano está inserida no processo de segregação de ativos e passivos envolvendo o Sr. João Rossi Cuppoloni e o Sr. Edmundo Rossi Cuppoloni, que anteriormente integrava o bloco de controle da Companhia, e não tem por objetivo modificar a estrutura do controle ou a organização administrativa da Companhia”.

Autometal fará resgate antecipado de debêntures
A Autometal (AUTM3) informou que em 9 de junho será publicado edital para resgate antecipado do total das debêntures da primeira emissão da companhia.

Segundo fato relevante, o resgaste ocorre no contexto da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para cancelamento do registro de companhia aberta, protocolada em 29 de abril.

A primeira emissão de debêntures da empresa foi aprovada em dezembro de 2011, em um total de 250 milhões de reais.

A CIE Automotive anunciou em 8 de abril planos de realizar uma OPA para comprar as ações da Autometal em circulação no mercado. Com a operação, a espanhola pretende comprar até 31.775.132 ações da Autometal, equivalentes a 25,24 por cento do capital social da companhia.

Com Reuters e Agência Estado

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.