Três setores cripto para ficar de olho em 2022, segundo especialistas

Criptos ligadas a contratos inteligentes, DeFi e metaverso devem chamar atenção do mercado nos próximos meses

Rodrigo Tolotti

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Apesar do Bitcoin (BTC) ter se consolidado como a principal criptomoeda do mundo, nos últimos meses o mercado tem visto um forte crescimento de outros segmentos no universo cripto, com ativos focados em diferentes soluções e que podem trazer grandes oportunidades de investimento.

E nesse cenário, três “setores” criptos podem se destacar em 2022, segundo Samir Kerbage, CTO da gestora Hashdex, e Gustavo Cunha, sócio da Resetfunds e da Fintrender, sendo o de Finanças Descentralizadas (DeFi) um dos principais deles.

Em painel no Onde Investir 2022, evento online promovido pelo InfoMoney, em parceria com a XP Investimentos, na segunda-feira (17) (veja a agenda dos próximos dias), a dupla explicou que DeFi é um segmento que tem mostrado grande evolução no passado recente, com diversos ativos em destaque.

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“DeFi pra mim é uma nova infraestrutura mundial de mercado financeiro […] O que vemos do DeFi nos últimos três anos ainda é algo muito começando, mas é mais ou menos uma cópia de todos os produtos do mercado financeiro tradicional para blockchain”, explica Cunha.

E a principal vantagem desse mercado, como em todo universo cripto, é oferecer esses produtos financeiros de forma descentralizada, sem restrições geográficas ou impactos de reguladores e órgãos de governo.

Já Kerbage destaca que o DeFi está partindo para uma nova etapa, com soluções que permitem a entrada de clientes institucionais no mundo cripto, caso da tokenização de ativos, que, segundo ele, leva ativos do mundo real para o mundo de DeFi. “Isso pode desbloquear um potencial muito grande de competição global por taxas competitivas acessando esse pool de liquidez dentro do mercado de DeFi”, afirma.

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Contratos Inteligentes e metaverso

Outro setor que os dois sugerem ficar de olho este ano é o ligado aos contratos inteligentes, que tem como principal destaque o Ethereum (ETH), a principal plataforma para esse mercado, mas que não é a única.

Cunha afirma que, apesar de ver o preço do Ethereum um pouco caro, a plataforma teve um papel importante no desenvolvimento do mercado cripto e que isso se mantém até hoje, entre outros fatores por conta de sua grande comunidade de desenvolvedores

“No médio prazo [o ETH] vai continuar sendo uma das principais moedas”, diz o sócio da Resetfunds recomendando que os investidores não fiquem tão preocupados com as variações de curto prazo e foquem nas expectativas para longo prazo.

Kerbage reforça que ainda existe muito trabalho a ser feito no Ethereum, o que reforça a tese de longo prazo no projeto, sendo que os desenvolvedores já têm planos para trabalhar na plataforma por pelo menos dez anos, segundo ele.

Já o terceiro setor apontado pelos especialistas com potencial para este ano é o ligado à mudança da cultura digital, em especial nos tópicos ligados ao metaverso e tokens não fungíveis (NFTs).

Porém, esses meios ainda estão apenas no começo de sua usabilidade, principalmente por dependerem do desenvolvimento de outras tecnologias, como inteligência artificial, realidade virtual, entre outros.

O CTO da Hashdex ressalta que a pandemia ajudou no rápido avanço desse mercado em 2021, conforme as pessoas sentiram a necessidade de terem interações sociais, ainda que não pudessem se encontrar pessoalmente. Por outro lado, ele projeta que só devemos ver o metaverso mais próximo de como foi pensado originalmente daqui cerca de 10 anos, e por isso é importante olhar para os ativos nesse momento.

No vídeo acima, os especialistas ainda comentam sobre algumas criptos específicas que podem chamar atenção este ano, avaliam o cenário de projetos que prometem “matar” o Ethereum, entre outros tópicos.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.