TIM, Vivo e Claro fazem nova proposta de R$ 16,5 bilhões pela operação móvel da Oi

Na semana passada, Oi assinou exclusividade com a Highline, controlada da americana Digital Colony, para negociar a venda de sua área de telefonia móvel

Equipe InfoMoney

Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo (Foto: Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

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SÃO PAULO – A TIM Participações (TIMP3), a Vivo (VIVT4) e a Claro formalizaram uma nova proposta pela unidade móvel da Oi (OIBR3;OIBR4), desta vez por um valor de R$ 16,5 bilhões. A Oi estabeleceu preço mínimo de R$ 15 bilhões por seus ativos móveis.

De acordo com comunicado ao mercado da Telefônica Brasil (Vivo), a revisão da oferta vinculante reafirma o interesse da companhia em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, “bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do mercado brasileiro”.

Já a TIM afirmou que “considera que a oferta endereça as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores, nos termos do Plano de Recuperação Judicial”, afirmou a companhia.

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A Claro afirmou, também em comunicado, que a nova oferta “está em linha com a regulação vigente”.

De acordo com o Credit Suisse, a notícia é positiva para as empresas de telecomunicações e, se a oferta for aceita, aumenta as chances de TIM/Vivo/Claro levarem a área móvel da companhia. “O valor é atrativo para compradores e vendedores”, afirmam os analistas do banco suíço.

O trio de operadoras informou que a nova proposta conjunta considera também a possibilidade de assinarem com a Oi contratos de longo prazo para uso de infraestrutura, o que representa um atrativo importante para a companhia.

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O novo modelo de negócios da Oi, apresentado ao mercado no primeiro semestre, tem como foco a comercialização de sua capacidade de rede de fibra ótica, que permite a implementação de novos pontos de banda larga fixa, assim como a conexão de antenas de internet móvel – essencial para a cobertura futura do 5G. Isso significa que ter um contrato firme com as três maiores teles do País significaria um bom começo para a “nova Oi”.

O novo plano da Oi, que ainda atravessa recuperação judicial, prevê a venda de redes móveis, torres e data centers para pagar dívida e sustentar investimentos. O principal braço de negócios remanescente seria a InfraCo, subsidiária voltada à oferta de infraestrutura e serviços de fibra ótica. A Oi permanecerá como sócia, mas venderá entre 25% e 51% do capital da subsidiária, o que poderá lhe render, no mínimo, R$ 6,5 bilhões, de acordo com cálculos da própria tele.

A InfraCo tem potencial para dar lucro a partir de 2022, segundo laudo da consultoria E&Y feito sob encomenda da Oi e considerando as premissas do novo plano de negócios. A estimativa é de prejuízo de R$ 261 milhões para a InfraCo em 2021, e lucro de R$ 111 milhões em 2022, seguido por lucros crescentes até superar o patamar de R$ 1 bilhão a partir de 2025. A unidade de negócios demandará investimentos de R$ 18,6 bilhões no período entre 2021 e 2024 para expansão das redes. Ou seja, os números reforçam a importante de buscar fontes firmes de receita.

“A oferta endereça as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores”, descreveram TIM, Vivo e Claro no fato relevante.

A nova proposta conjunta também foi uma reação para tomar à frente nas negociações para aquisição das redes móveis da Oi depois que o mercado foi surpreendido pela entrada de um novo concorrente no páreo.

Vale destacar que, na semana passada, a Oi informou ter assinado exclusividade com a Highline para negociar a venda de sua área de telefonia móvel, após a companhia ter apresentado a melhor oferta.

A Highline do Brasil é uma empresa especializada em infraestrutura de telecomunicações e controlada pela americana Digital Colony e colocou na mesa um valor superior ao lance mínimo de R$ 15 bilhões,  acima da proposta conjunta feita inicialmente pelo trio de teles.

(Com Agência Estado)

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