Suzano (SUZB3) lucra 49% menos no 1º tri, para R$ 5,24 bilhões; eleva projeção de investimentos em nova fábrica

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 11,276 bilhões, com avanço anual de 16%.

Equipe InfoMoney

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A Suzano (SUZB3) registrou um lucro líquido de R$ 5,243 bilhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), queda anual, queda anual de 49%, mas praticamente em linha com o esperado pelo consenso Refinitiv, que apontava lucro de R$ 5,26 bilhões.

O menor lucro líquido em comparação ao 1T22, segundo a companhia, é explicado pela variação negativa no resultado financeiro, como resultado da desvalorização cambial sobre a dívida e sobre a marcação a mercado das operações com derivativos, parcialmente compensado pelo aumento no resultado operacional, por sua vez em função da elevação da receita líquida, a despeito do maior Custo de Produtos Vendidos (CPV) e maior despesas gerais e administrativas (SG&A).

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 11,276 bilhões, com avanço anual de 16%. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 6,155 bilhões, com avanço de 20%.

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Desta forma, a margem Ebitda (Ebitda/receita) registrou avanço de 2 p.p. (pontos percentuais) entre o 1T22 e o 1T23, indo para 55%.

As vendas de celulose da Suzano apresentaram queda na comparação com o trimestre anterior em função da sazonalidade do período, totalizando em 2.455 mil toneladas, uma redução de 11% em relação ao 4T22 e um aumento de 3% em relação ao 1T22.

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O preço líquido médio em dólares da celulose comercializada pela Suzano foi de US$ 721 a tonelada (t), representando uma redução de 13% frente ao 4T22 e um aumento de 13% comparado ao 1T22. No mercado externo, o preço médio líquido realizado pela companhia ficou em US$ 719/t, uma queda de 13% e aumento de 12% na mesma base comparativa.

O preço líquido médio em reais foi de R$ 3.748/ton no 1T23, uma queda de 14% em relação ao 4T22, em função do cenário de preços mais desafiadores, sobretudo na China, apontou a companhia. Em relação ao 1T22, o aumento de 12% ocorreu principalmente em função do maior preço médio líquido em dólar no período.

A receita líquida de celulose teve queda de 23% em relação ao 4T22, em função do menor volume vendido (-11%), menor preço médio líquido em dólar (-13%) e da desvalorização do dólar médio frente ao real médio (-1%). Na comparação com o 1T22, o aumento de 15% se deveu ao maior preço médio líquido em dólar (+13%) e ao maior volume vendido (+3%), parcialmente compensado pela desvalorização do dólar médio frente ao BRL médio (-1%).

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O custo caixa de celulose sem paradas foi de R$ 937/ton (+8% versus o 1T22).

A companhia ainda teve queda da alavancagem em dólar e real para 1,9 vez, ante 2,1 vezes em real e 2,4 vezes em dólar no 1T22.

A Suzano ainda comunicou ter elevado a previsão de investimentos de capital no Projeto Cerrado, uma nova fábrica de celulose em construção no Mato Grosso do Sul, de R$ 19,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões.

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A nova estimativa considera fatores como correção monetária de contratos pela inflação e investimentos adicionais para maior eficiência da planta e diminuição de riscos operacionais, segundo fato relevante divulgado pela empresa.

(com Reuters)