Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11): com celulose mais cara, bancos enxergam performance acima da média para ações em 2022

Impacto do dólar mais barato deve ser compensado por oferta menor da fibra no mercado internacional; Suzano fez novo aumento de preços

Mitchel Diniz

Setor de papel e celulose (Shutterstock)

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Mesmo com a trajetória de queda do dólar impactando negativamente as empresas de papel e celulose na Bolsa, Bradesco BBI e Morgan Stanley seguem vendo perspectivas positivas para o setor. Se por um lado o câmbio tem sido menos favorável à receita com exportações dessas companhias, de outro, a perspectiva de oferta mais restrita das commodities deve continuar segurando os preços em alta.

Duas notícias nesta quinta-feira (27), por sinal, impulsionaram o desempenho dos ativos. Os papéis da Suzano (SUZB3 fecharam em alta de 5,12%, a R$ 5849. Os da Klabin (KLBN11, por sua vez, avançaram 2,78%, a R$ 24,74.

A Suzano anunciou que vai aumentar o preço da celulose de fibra curta (BEKP) em US$ 30 por tonelada na Europa e em US$ 40 na América do Norte, de acordo com informações citadas pelo Morgan Stanley da RISI, principal provedora global de dados dos mercados de commodities e da indústria de base florestal.

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A nova tabela passa a valer para pedidos feitos a partir de fevereiro. “A recente alta nos preços da celulose sugere um viés de alta para nossos estimativas do primeiro semestre de 2022”, afirmam os analistas do Morgan. O anúncio veio cerca de duas semanas após a Suzano anunciar elevação de preços na Ásia. 

Segundo eles, os preços da fibra estão subindo bem mais do que o previsto. O Morgan Stanley reiterou sua classificação overweight (exposição acima da média do mercado) para Klabin e Suzano, assim como para as chilenas CPMC e Copec.

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Ainda em destaque, a finlandesa UPM anunciou que as atividades na sua planta de celulose e eucalipto em Paso de los Toros, no Uruguai, deve iniciar sua produção apenas ao final do primeiro trimestre de 2023. A previsão anterior era de que as atividades começariam na segunda metade deste ano.

Em relatório, o Bradesco BBI afirma que o adiamento do projeto já era esperado, diante de atrasos na cadeia produtiva, como a entrega de equipamentos fora do prazo, além de casos de Covid e a dependência do governo uruguaio para a construção de um terminal marítimo em Montevidéu.

Os analistas do BBI afirmam ainda que o atraso na planta da UPM reforça a visão de uma oferta de celulose abaixo das expectativas em 2022. Também dizem que a capacidade de produção da Bracell deve, mais cedo mais tarde, mudar de celulose para DWP (poupa de madeira dissolvida).

O banco manteve recomendação outperform (acima do desempenho do mercado) para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11).

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados