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SÃO PAULO – Após alguns meses complicados para o mercado de criptoativos, agosto voltou a marcar uma alta generalizada entre as maiores moedas digitais do mundo. Porém, uma em especial chamou mais atenção que a maioria, a Solana (SOL).
Caminhando para fechar o mês ganhos de mais de de 210%, este token acumula valorização de 5.970% em 2021, entre as 5 maiores altas nestes oito meses, considerando as 100 maiores criptos do mundo. Atualmente ela é cotada a US$ 111,76.
O desempenho chamou mais atenção na última semana, com o preço saltando 55% e colocando a Solana como a oitava maior criptomoeda do mundo em valor de mercado. E apesar desse cenário bastante positivo, não houve uma notícia específica para explicar tal movimento.
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Por outro lado, o que se vê é um otimismo muito grande com o projeto da Solana, que tem chamado cada vez mais atenção de investidores institucionais, além de perspectivas positivas sobre novidades envolvendo sua rede.
Vista como uma rival para a rede Ethereum, a Solana foi lançada em março de 2020, já possuindo em seu sistema a integração com contratos inteligentes e com uma rede mais escalável do que o próprio Ethereum.
O objetivo da Solana é melhorar a escalabilidade da rede, introduzindo um consenso de prova de história (PoH, na sigla em inglês) combinado com o consenso de prova de participação (PoS). Essa união tem atraído a atenção tanto de investidores pessoas físicas quanto institucionais.
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O que explica a alta da Solana?
A Solana tem se posicionado muito bem para atrair a febre dos tokens não fungíveis (NFTs). Há cerca de duas semanas, a rede entrou para esse mundo lançando a coleção Degenerate Ape Academy, que conta com 10 mil imagens exclusivas de macacos em desenho. Todas as obras foram vendidas em 10 minutos.
O movimento por si só já fez a cotação do token SOL disparar, já que era preciso adquirir o ativo para dar lances nas NFTs. Mas se isso poderia se mostrar uma alta provisória, a correção ainda não veio e parece estar se sustentando.
Além disso, a rede também tem atraído um grande interesse institucional. Nos últimos dias, a gestora de ativos digitais Osprey Funds disse que pretende lançar um fundo de investimento focado na Solana e registrou o Osprey Solana Trust na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), o que pode levar a uma exposição maior da Solana para grandes investidores.
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Outra boa notícia foi que o oráculo de dados descentralizado Pyth Network anunciou a escolha da blockchain da Solana para lançar a suas soluções. Esse projeto pretende rastrear o desempenho do mercado em tempo real e se integrar a aplicações Finanças Descentralizadas (DeFi) através do Wormhole, uma sidechain (blockchain que valida dados de outras blockchains) da Solana.
Esse otimismo não é tão recente. No início do ano, a Solana conseguiu levantar mais de US$ 300 milhões para ajudar a lançar um estúdio de incubação para acelerar o desenvolvimento de aplicativos descentralizados (dapps) e plataformas construídas na blockchain.
Entre alguns dos patrocinadores do projeto está Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da bolsa de plataforma de negociação FTX, que construiu uma bolsa de derivativos descentralizada chamada Serum na Solana.
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Boas perspectivas
Recentemente, analistas ouvidos pelo InfoMoney apontaram a Solana como uma das principais criptomoedas para se ficar de olho, sem considerar Bitcoin e Ethereum.
Entre as análises, Samir Kerbage, CTO da Hashdex, afirmou que a Solana, assim como a Polkadot, são projetos interessantes no quesito infraestrutura, indo para a chamada “camada dois”, focada na aplicação para ativos descentralizados.
Já Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero, disse que a Solana “é um dos projetos que tem mais potencial”. “Eles têm um time técnico bastante competente, estão com um bom financiamento para desenvolver e estão construindo um ecossistema muito rapidamente”, avalia.
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Rodrigo Miranda, especialistas e criador da Universidade do Bitcoin, por sua vez, acredita que a equipe da Solana está “entregando bastante”, contando com uma rede rápida, com taxas baixas, além de possuir sua própria blockchain.
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