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A conjuntura econômica e o cenário de altas taxas de juros mais inflação fizeram a Sequoia (SEQL3) ajustar suas operações para continuar crescendo. A companhia, focada em logística do setor de consumo, foi atrás de clientes de menor porte e reajustou preços na primeira metade deste ano.
Bruno Henrique, co-fundador da Sequoia e diretor de operações (COO), diz que há espaço para crescer, especialmente no B2B (entregas para empresas) e no B2C (entregas para o consumidor final) pesado no Nordeste, além de expansão de forma inorgânica, via aquisições de outras companhias.
Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2022 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
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Entre abril e junho de 2022, a Sequoia apresentou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 milhões, uma queda de 55,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas os números operacionais da companhia apresentaram crescimento.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 58,3% na comparação anual, para R$ 75,8 milhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida cresceu 34,6%, para R$ 496,4 milhões.
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Com isso, as ações da companhia chegaram a subir mais de 6% nesta sexta-feira (12), mas fecharam com uma alta mais amena, de 5,59%, aos R$ 7,36 cada uma.
“Quando você vai para o cliente menor, tem que ter uma estratégia muito mais pulverizada. É mar aberto. Você acessa por vários canais, por redes sociais, por canais digitais, fisicamente com força de vendas, com força interna de vendas, com inside sales via ligações telefônicas, é um mecanismo bastante diferente que a gente está lançando mão para poder acessar esses clientes”, disse o COO.
O executivo explicou que a compra da Frenet em 2021 ajudou a Sequoia a se aproximar dos clientes de menor porte. A subsidiária tem 53.000 clientes em sua plataforma. “É uma das nossas principais fontes de acesso ao cliente pequeno. Esse hall de clientes é uma vertical muito rica para a Sequoia crescer nos próximos anos. Mas é natural que ela vá conviver com os grandes clientes, que são muito importantes e vão continuar sendo muito importantes na nossa estratégia”, afirmou o diretor.
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“A gente tem intensificado bastante e devemos intensificar cada vez mais a nossa presença, a nossa força e protagonismo no Nordeste. É uma região pra gente muito relevante, com estados grandes, muitos municípios e pouco atendidos. Então, é uma região que a gente naturalmente está focando e investindo mais”, completou Henrique.
Fernando Stucchi, CFO e diretor de relações com investidores da companhia, falou sobre o repasse de preços praticado pela Sequoia aos clientes. “A nossa estratégia, no ano passado, de ter absorvido um pouco mais essa alta de custo para a companhia e não ter repassado para os clientes, reflete agora nessa mão trocada, nessa mão dupla”, disse.
“Se você olhar o segundo trimestre do ano passado, quando a gente teve uma margem bruta um pouco pior do que o habitual, quando a gente teve o primeiro boom de aumento de inflação, a Sequoia acabou naquele momento ajudando bastante clientes. (…) E agora a mão voltou. Foi fácil a conversa com os clientes porque temos parcerias de longo prazo”, completou o CFO.
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Henrique e Stucchi falaram ainda sobre riscos ao negócio, como a verticalização de grandes clientes, sobre políticas ESG, remuneração aos acionistas, possíveis movimentos de M&A (fusões e aquisições), sobre a estratégia asset light, sobre a possível privatização dos Correios e a incorporação de empresas já adquiridas. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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