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SÃO PAULO – A carteira de crédito do Santander Brasil (SANB11) deve crescer 10% ao ano até 2022. A projeção foi anunciada hoje pelo presidente da instituição, Sérgio Rial, no primeiro “Investor Day” do banco, em São Paulo.
As pessoas físicas devem liderar o crescimento do crédito nos próximos anos. O banco pretende expandir até mesmo em segmentos onde a margem de lucro é menor, como no empréstimo consignado — aquele com desconto direto em folha de pagamento.
“Chegaremos a mais de R$ 40 bilhões em crédito consignado no fim de 2019. Há cinco anos, não tínhamos nada neste segmento”, disse Rial. Até junho, a carteira de crédito ampliada do Santander Brasil registrava aumento de 7% sobre o mesmo período de 2018. Sem considerar títulos privados, a alta estava em 9,3%.
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Outros produtos também têm potencial para incrementar os resultados do banco no futuro. Um deles é a previdência privada, a qual o banco tem investido pesadamente em marketing e reduziu as taxas de administração para 1% ao ano.
“Nossa penetração de previdência entre os nossos clientes hoje é de 2%. Se for para 6%, gera meio bilhão de reais a mais no resultado.
Já a nossa penetração de consórcios entre os clientes hoje é de 1%. Se for para 2%, gera R$ 1,1 bilhão a mais no resultado”, afirmou José Roberto Machado, diretor executivo do Santander Brasil.
O Santander Brasil também divulgou nesta terça-feira sua projeção para outros indicadores financeiros, como o ROE (retorno sobre patrimônio líquido médio), que deve crescer em média 21% ao ano até 2022.
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Meios de pagamento
Uma das estratégias do Santander para conquistar mais clientes pessoas físicas é investir na empresa de meios de pagamento Getnet. Segundo Rial, o banco quer chegar a um milhão de maquininhas vendidas a esse público até a metade do ano que vem.
A marca foi atingida recentemente pela concorrente Cielo, do Bradesco e Banco do Brasil. “A Getnet tem papel crucial no crescimento do banco”, afirmou Rial.
O presidente do Santander Brasil disse que a meta do banco é ser o segundo lugar em cartões. Hoje, é o terceiro maior emissor, atrás de Bradesco e Itaú. “Em breve, vamos ter cartões American Express no nosso leque de produtos”, afirmou o executivo.
Indústria financeira
Sobre a indústria financeira como um todo, o presidente do Santander Brasil afirmou que 2020 vai ser um ano de “inflexão”, e chamou atenção para a necessidade de reduzir as assimetrias do setor.
“É um momento de transformação. O ano de 2020 é de inflexão”, disse. “O mercado brasileiro mudou muito mais rápido do que nós havíamos imaginado. Um exemplo são as adquirentes”, disse.
Ele citou o avanço tecnológico e afirmou que segue sendo um desafio para as instituições continuarem rentáveis diante das inovações. O executivo citou ainda a melhor regulação para aumentar a concorrência no país.
“Esperamos competir cada vez mais de igual para igual”, disse. O executivo disse que a “concorrência nunca dormiu” e sempre apresentou retornos acima de 20%. “Existe um Brasil que cresce. O que não cresce é o setor público. O setor privado cresce em vários segmentos.”
Sobre o Santander Brasil, Rial se mostrou satisfeito com o crescimento apresentado nos últimos quatro anos. No fim de junho, o ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio) era de 21,3%. Há cinco anos, estava em 12,8%. “Na história futura do Santander Brasil ainda existe crescimento”, concluiu.
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