Santander prevê crescimento anual de 10% da carteira de crédito até 2022

Para o presidente da instituição, Sérgio Rial, “ainda há crescimento na história futura do banco”, disse em Investor Day

Anderson Figo

Presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial fala em evento em São Paulo (Anderson Figo/InfoMoney)

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SÃO PAULO – A carteira de crédito do Santander Brasil (SANB11) deve crescer 10% ao ano até 2022. A projeção foi anunciada hoje pelo presidente da instituição, Sérgio Rial, no primeiro “Investor Day” do banco, em São Paulo.

As pessoas físicas devem liderar o crescimento do crédito nos próximos anos. O banco pretende expandir até mesmo em segmentos onde a margem de lucro é menor, como no empréstimo consignado — aquele com desconto direto em folha de pagamento.

“Chegaremos a mais de R$ 40 bilhões em crédito consignado no fim de 2019. Há cinco anos, não tínhamos nada neste segmento”, disse Rial. Até junho, a carteira de crédito ampliada do Santander Brasil registrava aumento de 7% sobre o mesmo período de 2018. Sem considerar títulos privados, a alta estava em 9,3%.

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Outros produtos também têm potencial para incrementar os resultados do banco no futuro. Um deles é a previdência privada, a qual o banco tem investido pesadamente em marketing e reduziu as taxas de administração para 1% ao ano.

“Nossa penetração de previdência entre os nossos clientes hoje é de 2%. Se for para 6%, gera meio bilhão de reais a mais no resultado.
Já a nossa penetração de consórcios entre os clientes hoje é de 1%. Se for para 2%, gera R$ 1,1 bilhão a mais no resultado”, afirmou José Roberto Machado, diretor executivo do Santander Brasil.

O Santander Brasil também divulgou nesta terça-feira sua projeção para outros indicadores financeiros, como o ROE (retorno sobre patrimônio líquido médio), que deve crescer em média 21% ao ano até 2022.

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Meios de pagamento

Uma das estratégias do Santander para conquistar mais clientes pessoas físicas é investir na empresa de meios de pagamento Getnet. Segundo Rial, o banco quer chegar a um milhão de maquininhas vendidas a esse público até a metade do ano que vem.

A marca foi atingida recentemente pela concorrente Cielo, do Bradesco e Banco do Brasil. “A Getnet tem papel crucial no crescimento do banco”, afirmou Rial.

O presidente do Santander Brasil disse que a meta do banco é ser o segundo lugar em cartões. Hoje, é o terceiro maior emissor, atrás de Bradesco e Itaú. “Em breve, vamos ter cartões American Express no nosso leque de produtos”, afirmou o executivo.

Indústria financeira

Sobre a indústria financeira como um todo, o presidente do Santander Brasil afirmou que 2020 vai ser um ano de “inflexão”, e chamou atenção para a necessidade de reduzir as assimetrias do setor.

“É um momento de transformação. O ano de 2020 é de inflexão”, disse. “O mercado brasileiro mudou muito mais rápido do que nós havíamos imaginado. Um exemplo são as adquirentes”, disse.

Ele citou o avanço tecnológico e afirmou que segue sendo um desafio para as instituições continuarem rentáveis diante das inovações. O executivo citou ainda a melhor regulação para aumentar a concorrência no país.

“Esperamos competir cada vez mais de igual para igual”, disse. O executivo disse que a “concorrência nunca dormiu” e sempre apresentou retornos acima de 20%. “Existe um Brasil que cresce. O que não cresce é o setor público. O setor privado cresce em vários segmentos.”

Sobre o Santander Brasil, Rial se mostrou satisfeito com o crescimento apresentado nos últimos quatro anos. No fim de junho, o ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio) era de 21,3%. Há cinco anos, estava em 12,8%. “Na história futura do Santander Brasil ainda existe crescimento”, concluiu.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.