Santander corta previsão para Ibovespa de 160 mil para 145 mil pontos e muda carteira

"Muita coisa mudou desde…dezembro de 2023, principalmente em relação aos Estados Unidos", afirma a equipe de estratégia do banco

Equipe InfoMoney

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Os estrategistas do Santander cortaram a previsão para o Ibovespa de 160 mil para 145 mil pontos para 2024, vislumbrando um nova era de crescimento mais forte e taxas de juros mais elevadas, em uma “mudança de marcha” das perspectivas do final do ano passado, de crescimento modesto e juros mais baixos.

“Muita coisa mudou desde…dezembro de 2023, principalmente em relação aos Estados Unidos”, afirma a equipe liderada por Aline Cardoso, chefe de pesquisa e estratégia de ações para Brasil do banco, em relatório com data de domingo. Os analistas destacam que fatos recentes sugerem que a inflação nos EUA pode não estar desacelerando, o que poderia afetar os planos do Federal Reserve de cortar os juros neste ano, enquanto o elevado número de vagas de emprego no começo de 2024 indica que o ritmo de arrefecimento pode ter ficado mais gradual.

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Mesmo avaliando que o risco de um cenário de não desaceleração/reflação tenha aumentado, ainda consideram que as políticas monetárias restritivas continuarão a suprimir o crescimento, resultando em desacelerações significativas nas taxas de emprego e de inflação no segundo semestre, o que poderá levar a cortes de juros no último trimestre de 2024.

No Brasil, a equipe do Santander destacou que, apesar do que os preços dos ativos financeiros possam sinalizar, dados de atividade e inflação melhoraram. E, assim, embute em seus modelos a perspectiva de que o Banco Central irá reduzir a Selic para 9,75% ao ano até o final de 2024.

Ações no portfólio
De forma a refletir o novo cenário, o Santander fez algumas ajustes em sua alocação setorial e portfólio sugerido. O banco elevou a sua exposição ao fator de valor através de uma exposição maior na Vale (VALE3), também com a melhoria nas perspectivas para China.

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O banco também aumentou a exposição à Totvs (TOTS3) devido à perspectiva construtiva para receita, adições de ARR (Receita Recorrente Anual em português) líquida e dinâmica de margem. Também subiu a exposição ao baixo fator de volatilidade através da RD, ex-Raia Drogasil (RADL3), dada a dinâmica positiva dos lucros e execução sólida. Por fim, substituiu PRIO (PRIO3) por 3R (RRRP3), que atualmente está passando por um processo de fusão com Enauta (ENAT3) e oferece sólido fluxo de caixa livre (FCF) de 35% para a nova companhia.

Confira a carteira sugerida pelo Santander:

(Com Reuters)