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A Sabesp (SBPS3) apresentou resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) que superaram amplamente as expectativas do mercado, reforçando o processo de turnaround da companhia. Às 12h24, as ações da companhia subiam mais de 10%, R$ 122,54.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado atingiu R$ 3,4 bilhões, 11% acima da estimativa do Morgan e 10% acima do consenso, impulsionado principalmente pela redução de custos operacionais e reversão de provisões. O lucro líquido ajustado também superou projeções, chegando a R$ 1,82 bilhão.
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A receita líquida ajustada da empresa somou R$ 5,6 bilhões, com crescimento de 2,9% na comparação anual. O volume faturado cresceu 1,8%, enquanto as tarifas médias avançaram 1,1%, sustentando a expansão da receita. Destacou-se a eliminação de descontos para grandes consumidores, que gerou um ganho adicional de R$ 111 milhões no trimestre.
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No controle de despesas, a Sabesp reduziu seus custos operacionais ajustados para cerca de R$ 2,2 bilhões, uma queda de 8% em relação ao trimestre anterior e 11% na base anual. Entre os destaques estão a redução de 10% nas despesas com pessoal, consequência de um programa de demissão voluntária que diminuiu o quadro em cerca de 1.100 funcionários, e queda significativa nos gastos com materiais e serviços. Por outro lado, as provisões para devedores duvidosos aumentaram, atingindo R$ 195 milhões, e os custos com eletricidade cresceram 4% em relação ao ano anterior.
Os investimentos continuaram em ritmo acelerado, com desembolsos de R$ 3,6 bilhões no trimestre, alta de 178% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia mantém uma carteira robusta de 542 projetos, totalizando R$ 35 bilhões em investimentos previstos até 2029.
No aspecto financeiro, a dívida líquida subiu 20% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 23,4 bilhões, com alavancagem de 1,9 vez EBITDA ajustado. Em julho, a Sabesp emitiu nova dívida de R$ 4,9 bilhões, reforçando sua posição de caixa pro forma para R$ 12,9 bilhões.
Os analistas do Morgan mantêm recomendação outperform para a ação, com preço-alvo de R$ 128, destacando o perfil de investimento simples, com crescimento elevado, forte governança ESG e bom risco-recompensa.
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O Itaú BBA classificou os resultados como positivos, com EBITDA ajustado superando suas expectativas, demonstrando sólido crescimento anual. “Isso foi principalmente impulsionado por despesas gerenciáveis menores do que o previsto e um efeito de reversão de provisões, enquanto a receita ajustada ficou dentro do esperado”, explica o banco.
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O BBA manteve recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 132,32.
A XP Investimentos avaliou que a Sabesp apresentou um EBITDA ajustado cerca de 12% acima das estimativas da casa, impulsionado por uma recuperação tarifária para grandes consumidores mais rápida do que o esperado e pela resiliência nos volumes, que sustentaram o crescimento da receita. No lado dos custos, as despesas recorrentes ficaram aproximadamente 3% acima das projeções.
Apesar de alguma volatilidade nos números reportados, a XP considera isso esperado, dado o estágio inicial da integração pós-privatização e as mudanças culturais e operacionais em curso sob a nova gestão. Em linhas gerais, os resultados reforçam a visão do mercado de que a Sabesp está no caminho certo para executar seu turnaround, possivelmente em um ritmo mais acelerado do que o inicialmente previsto, ainda que não necessariamente acima do que já esteja precificado.
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Com receitas levemente superiores às expectativas da Ativa em função de maiores tarifas e volumes faturados, além de um novo excelente desempenho na gestão de custos e despesas, Sabesp reportou um Ebitda acima das expectativas.