Rússia conquista Kherson e faz novos ataques em dia de novas negociações com a Ucrânia

Kherson é a 1ª grande cidade ucraniana conquistada pelos russos desde o início da invasão, mas a Rússia se vê cada vez mais isolada internacionalmente.

Equipe InfoMoney

(Chris McGrath/Getty Images)

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Forças russas continuam a atacar e avançar pelo território ucraniano nesta quinta-feira (3), no oitavo dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, e conquistaram Kherson, uma importante cidade portuária no Mar Negro, no dia em que os dois países se reúnem pela segunda vez para negociar.

A segunda rodada de negociações de paz ocorrerá novamente em Belarus, que é vizinha dos dois países e aliada da Rússia. A primeira reunião, na segunda-feira (28), não produziu nenhum progresso.

Kherson foi a primeira grande cidade conquistada pelos russos desde o início da invasão, na semana passada. A cidade portuária fica no Mar Negro, perto da Crimeia (região da Ucrânia anexada pela Rússia em 2014), e sua queda representa um marco significativo para o conflito.

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As forças russas também voltaram a atacar a capital Kiev e Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, que tem 1,5 milhão de habitantes e foi alvo de um intenso bombardeiro na quarta-feira (2).

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A invasão russa é o maior ataque a um país europeu desde 1945 e já deixou mais de 1 milhão de refugiados em apenas sete dias, segundo o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi. A estimativa é que 4 milhões de pessoas podem fugir do país devido à guerra.

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Reação internacional

O ataque foi condenado pela ONU, em uma votação histórica na quarta, e no mesmo dia o Tribunal Penal Internacional abriu uma investigação sobre possíveis crimes de guerra e contra a humanidade na Ucrânia.

A resolução na ONU foi aprovada por 141 dos 193 países membros e deplorou a invasão “nos termos mais fortes”, exigindo que a Rússia retire suas forças do país vizinho. Apenas Belarus, Eritreia, Síria e Coreia do Norte votaram contra a resolução de emergência (a China se absteve).

Embora as resoluções aprovadas na Assembleia Geral da ONU não obriguem um país a adotá-la, elas têm peso político e aumentam cada vez mais o isolamento internacional da Rússia.

Com informações da Reuters e da Agência Brasil.