Retorno da Vale ao topo da produção de minério enfrenta riscos

Batalha para se recuperar de seus problemas com as barragens brasileiras torna a empresa um grande fator de oscilação do lado da oferta da commodity

Bloomberg

Minério de ferro da Vale (Agência Vale)

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(Bloomberg) – A segunda maior produtora minério de ferro do mundo assegurou ao mercado na quinta-feira que ainda pode atingir sua estimativa de produção anual. Mas o caminho até lá não será um mar de rosas.

A Vale (VALE3) continua a se recuperar de um desastre na barragem em Brumadinho, Minas Gerais, em 2019, que lhe custou o título de fornecedor número um de minério de ferro do mundo.

Em teleconferência com analistas na quinta-feira, o CEO Eduardo Bartolomeo disse que continua confiante na capacidade da empresa de produzir algo entre 315 milhões e 335 milhões de toneladas métricas este ano. A recuperação de volumes em operações como Serra Leste e Fábrica, além do startup da barragem Maravilhas III, aponta para um crescimento da produção no segundo semestre.

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Por trás dessa convicção estão algumas zonas de risco. Ao reiterar a meta de produção, a Vale reduziu sua previsão de capacidade disponível para o final de 2021 de 350 milhões de toneladas para 343 milhões de toneladas devido a potenciais problemas e questões de licenciamento nas minas de Itabira, em Minas Gerais, e Mutuca, no Sistema Norte.

Esses riscos ajudaram a levar os preços do minério de ferro a níveis quase recordes este ano, depois que a demanda cresceu na recuperação da pandemia. A batalha da Vale para se recuperar de seus problemas com as barragens brasileiras torna a empresa um grande fator de oscilação do lado da oferta.

Ainda assim, a Vale continua com a meta de retornar à capacidade de 400 milhões de toneladas no próximo ano, bem como de construir buffers de mais de 50 milhões de toneladas no futuro. Isso não significa que vá inundar o mercado, dado o mantra valor-sobre-volume do CEO: “Não colocaríamos valor no mercado se não fôssemos recompensados por isso.”

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